terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Hoje é Dia Mundial de Luta contra Aids

Segundo informa o AVS, das 9h às 14h equipes da Saúde estarão atuando na Praça Dermeval Barbosa Moreira junto com a Escola de Enfermagem Nossa Senhora de Fátima, Faculdade de Enfermagem Estácio de Sá, ONGs Amigos da Vida, Anastácia, Ser Mulher, Mover-se e ainda o Ônibus da Saúde, o Centro de Referência da Mulher e Caps. Quem quiser pode fazer teste gratuito de HIV no Posto de Coleta e Aconselhamento, que estará na praça das 9h às 12h.

O que é Aids?

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (sigla do inglês: Acquired Immune Deficiency Syndrome) se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV (sigla do inglês - Human Immunodeficiency Vírus).

A aids é uma doença complexa, uma síndrome, que não se caracteriza por um só sintoma. Na realidade, o vírus HIV destrói os linfócitos - células responsáveis pela defesa do organismo -, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids pode ser considerada uma doença de perfil crônico. Isto significa que é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal.

No Brasil, o 1º caso foi em São Paulo, em 1980, mas só classificado em 1982.

Em 1985 - Fundação do GAPA - Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (primeira ONG do Brasil e da América Latina na luta contra a aids).

Em 1988 - No Brasil, uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde passa a adotar o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Total de casos notificados até então: 4.535.

Em 1998 - Onze medicamentos disponíveis, gratuitamente, na rede de saúde. Lei define como obrigatória a cobertura de despesas hospitalares com aids pelos seguros-saúde privados (não assegura tratamento anti-retroviral).

Em 1999 - Aumenta para 15 o número de medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Queda de 50% na mortalidade dos pacientes de aids e melhora da qualidade de vida dos portadores do HIV. Total de casos notificados no Brasil 1998/1999 (até agosto): 22.102.

Os números da Aids no Brasil

De 1980 a junho de 2007 foram notificados 474.273 casos de aids no País – 289.074 no Sudeste, 89.250 no Sul, 53.089 no Nordeste, 26.757 no Centro Oeste e 16.103 no Norte. No Brasil e nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, a incidência de aids tende à estabilização. No Norte e Nordeste, a tendência é de crescimento. Segundo critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem uma epidemia concentrada, com taxa de prevalência da infecção pelo HIV de 0,6% na população de 15 a 49 anos.

Sintomas

A aids não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente semelhantes e, além disso, comuns a várias outras doenças. São eles: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer.

Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por exemplo).

Formas de contágio

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno.

Assim pega:

.sexo vaginal sem camisinha
.sexo anal sem camisinha
.sexo oral sem camisinha
.uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa
.transfusão de sangue contaminado
.mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação
.Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados

Assim não pega

.sexo, desde que se use corretamente a camisinha
.masturbação a dois
.beijo no rosto ou na boca
.suor e lágrima
.picada de inseto
.aperto de mão ou abraço
.talheres / copos
.assento de ônibus
.piscina, banheiros, pelo ar
.doação de sangue
.sabonete / toalha / lençóis

O que é transmissão vertical?

É a situação em que a criança é infectada pelo vírus da aids durante a gestação, o parto ou por meio da amamentação.

No entanto, a criança, filha de mãe infectada pelo HIV, tem a oportunidade de não se infectar pelo HIV. Atualmente, existem medidas eficazes para evitar o risco de transmissão.

Quanto mais precoce o diagnóstico da infecção pelo HIV na gestante, maiores são as chances de evitar a transmissão para o bebê. O tratamento é gratuito e está disponível no SUS.

Foram notificados ao Ministério da Saúde, de janeiro de 1983 a junho de 2006, 10.846 casos de aids em menores de 13 anos de idade devido à transmissão vertical. Este número vem reduzindo ano a ano com a adoção de medidas de prevenção.

O slogan desse ano “Viver com aids é possível. Com o preconceito não” é uma resposta às pesquisas. Quem vive com o HIV/aids pode trabalhar, estudar, praticar esportes, namorar e fazer sexo com camisinha, como todo mundo. É verdade que quem vive com o HIV/aids precisa se adaptar às rotinas de consultas e medicamentos. Mas o mais difícil de viver com o HIV/aids é ter que conviver com o preconceito.

Em Nova Friburgo, a ONG GAV - Grupo Amigos da Vida -, que tem como presidente Ana Carolina Barbosa de Souza, presta assistência a portadores do vírus HIV e suas famílias.

A entidade funciona na Praça Getúlio Vargas 176/306, Centro, e funciona de segunda a sexta, das 13h30 às 17h.

Apesar dos poucos voluntários e de não contar com nenhuma verba oficial, o GAV atende atualmente a 180 portadores do HIV cadastrados. A entidade presta atendimento hospitalar visitando os doentes que estão internados; atendimento psicológico, assistência jurídica, além de oferecer exames de vista gratuitos e doar mensalmente uma cesta básica. O grupo também promove palestras de prevenção em escolas, indústrias e empresas e participa de eventos e mutirões.

Os recursos para manter a entidade são provenientes de poucos sócios colaboradores, de bazares beneficentes e de algumas empresas locais que doam vales transportes e cestas básicas. Apesar das dificuldades, a equipe do GAV realiza um exemplar trabalho de dedicação e amor ao próximo, para que a vida dos soropositivos seja mais produtiva e digna.

Para maiores informações: 2533-0089.

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