O senador Alvaro Dias participou, na quarta-feira (19), como
debatedor e moderador, do Seminário Internacional de Combate à Corrupção,
organizado pelo Gopac (Organização Global de Parlamentares contra a Corrupção).
Juristas, jornalistas, policiais federais e procuradores, entre outros,
debateram propostas para combater o que o ex-ministro Carlos Ayres Brito, um
dos debatedores, chamou de “mal endêmico” do País.
Alvaro Dias disse para uma
plateia formada por técnicos, estudantes e representantes de órgãos de combate
à corrupção que o Brasil só tem chance de alcançar índices de crescimento
compatíveis aos de países desenvolvidos se os governantes acabarem com o balcão
de negócios na política e promoverem indicações técnicas em vez de políticas.
“Sou autor de uma proposta para que os conselheiros dos tribunais estaduais de
contas sejam técnicos de carreira”, disse o senador, que foi bastante
aplaudido.
O senador também citou como um dos maus exemplos do país os
empréstimos do BNDES ao exterior, realizados com taxas de juros privilegiadas:
“Se alimentamos a corrupção internamente, também alimentamos externamente”,
destacou.
Sobre a Reforma Política com vistas ao combate à corrupção, tema do
painel do qual foi moderador, Alvaro Dias disse que “a eleição de 2014 deve ser
a eleição de um Congresso que se responsabilize por uma reforma política que
ressuscite as esperanças do povo brasileiro”.
No seminário, o diretor de
investigação de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Oslain Campos,
disse que 50% das investigações sobre desvios de recursos no País estão
relacionadas ao financiamento de campanha. “Esse é o combustível da corrupção”,
disse Oslain. O diretor defendeu o fim do foro privilegiado para facilitar a
investigação da PF.

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