Na noite de segunda-feira (23.11), empresas que tiveram
destaque em suas atuações no comércio exterior receberam o prêmio Rio Export,
entregue anualmente pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) do Sistema
FIRJAN. A solenidade aconteceu na sede da Federação no Centro Norte Fluminense,
em Nova Friburgo, durante a reunião mensal do Conselho Empresarial. As
instituições premiadas foram reconhecidas pela quantidade de negócios
realizados, pela emissão de certificados de origem – que comprova procedência
brasileira de mercadorias – e também por terem chamado atenção dentro de suas
atividades no cenário regional.
A Fazenda Soledade, produtora de cachaça de Nova Friburgo, ficou com o prêmio de maior exportadora. O diretor presidente, Vicente Bastos Ribeiro, diz que o reconhecimento traz ainda mais ânimo para manter o trabalho de “levar o Brasil na garrafa para o mundo inteiro”. A marca já exporta para Alemanha, Suíça, Itália, Estados Unidos e Japão, além de estar negociando com os chineses. “A cachaça é um produto que nasceu e cresceu com o país e fazer exportação não é uma coisa rápida, é um trabalho que se constrói com o tempo. Então, o prêmio vem como uma injeção de ânimo” revela o empresário.
Pelo trabalho como agente exportadora, a empresária
Elisabeth Boscolo Muylaert também foi homenageada. Neste ano, ela foi
reconhecida por uma instituição paulista como a melhor agente de comércio
exterior do interior do Brasil. Já é a terceira vez que é contemplada com o
reconhecimento. Elisabeth trabalha há 15 anos como agente de comércio exterior
e oferece o serviço gratuito através do Exporta Fácil, programa dos Correios. A
especialidade da empresária é a atuação com micro e pequenas empresas. “Eu me
sinto muito feliz porque ganho dinheiro com aquilo que tenho paixão, mesmo
atendendo as empresas gratuitamente e muitas vezes fazendo para eles o primeiro
passo rumo à exportação. É gratificante vê-las crescendo e caminhando com as
próprias pernas”, confessa ela.
Na categoria Destaque Certificado de Origem as empresas
Indelbrom do Brasil e RED Sports ficaram empatadas. A Indelbrom, localizada em
Sumidouro, tem mais de 30 anos de experiência na fabricação de equipamentos
para perfuração de rochas. Já a RED Sports ganhou destaque nacional ao figurar
entre grandes marcas na revista de moda L’OFFICIEL, sendo considerada uma
empresa que dita tendências quando o assunto é fashion fitness.
Como destaque da Representação Regional da FIRJAN no Centro
Norte Fluminense, a homenageada foi a CCM Fashion Fitness. Tendo celebrado
recentemente 20 anos de história, a empresa é uma das maiores marcas de moda
brasileira, presente em todo país, com lojas exclusivas e produzindo mais de
800 mil peças por ano.
Márcia Carestiato Sancho, presidente da Representação
Regional FIRJAN/CIRJ no Centro Norte Fluminense, diz que o prêmio não é apenas
uma forma de prestigiar o trabalho do empresário que vem se destacando, mas
também “uma maneira de incentivar outros que podem achar na exportação uma
salvaguarda para os negócios em tempos difíceis”, afirma a presidente.
Diagnóstico da exportação
Durante o evento também foi apresentado o Diagnóstico do
Comércio Exterior do Estado do Rio, pelo Centro Internacional de Negócios do
Sistema FIRJAN (CIN). O estudo, feito a cada dois anos, tem o objetivo de
traçar o perfil das empresas fluminenses que atuam no Comércio Exterior e
mostrar quais os obstáculos internos e externos enfrentados pelos empresários
para importar e exportar.
Em 2014, o Rio de Janeiro foi o segundo estado em
participação no comércio exterior brasileiro, ficando atrás apenas de São
Paulo. O saldo comercial do Rio se manteve positivo apesar do saldo negativo do
Brasil, depois de 13 anos de superávit.
As exportações do estado do Rio de Janeiro, no entanto, apresentaram uma
queda de 21%. Já as importações tiveram um aumento de 5,9%.
Alguns dos principais pontos destacados pelo Diagnóstico do
Comércio Exterior:
• Nove em cada dez empresários acreditam que é preciso
superar a burocracia e outros entraves às exportações, como custo do transporte
interno e custos portuários;
• 55% das empresas desconhecem o Portal Único do Comércio
Exterior, lançado em 2014 pelo Governo Federal, que estabelece processos mais
eficientes e integrados entre todos os intervenientes públicos e privados no
comércio exterior;
• 11% das empresas citam as barreiras não tarifárias como
principal entrave nas negociações, na edição anterior o índice era de apenas
2%;
• Se os entraves fossem minimizados, 86% dos entrevistados
investiriam mais em exportações;
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