As fissuras podem ser labial, com fenda no lábio superior,
conhecida como “lábio leporino”, ou palatina, no céu da boca, mas há casos em
que crianças nascem com as duas. “A fissura labiopalatina representa a
principal alteração craniofacial, acometendo um em cada 650 nascidos vivos no
Brasil. Sua etiologia é multifatorial e seu tratamento deve ser
interdisciplinar. Por isso, é necessário sempre estar atualizado para que
diagnóstico, tratamento e manejo com o paciente e família sejam aplicados de
forma correta”, explica o professor do curso de Odontologia da FMP/Fase Bruno
Dias, responsável pelo evento.
A coordenadora do curso, Vera Soviero, ressalta o aspecto
multiprofissional na abordagem do problema no evento e o fato de ele ter sido
escolhido pelos próprios alunos. “A escolha do tema foi muito feliz, pois a
fissura labiopalatina é um excelente exemplo de condições para as quais o
trabalho multiprofissional é essencial para atingir resolutividade e
proporcionar o melhor tratamento para os pacientes. Temos como objetivo a
formação de profissionais que compreendam a importância e tenham competência
para o trabalho em equipe”, diz Vera.
Segundo Vera, a 1ª Semana de Odontologia da FMP/Fase reunirá
profissionais e alunos da Odontologia, Medicina, Enfermagem, Nutrição e
Psicologia para debater o assunto de maneira abrangente. “Embriologia e
anatomia das fissuras labiopalatinas” será o tema da palestra do cirurgião
bucomaxilofacial Edelto dos Santos Antunes e, na sequência, os “Aspectos
genéticos das fissuras labiopalatinas” serão abordados pela bióloga e
geneticista Mariana Acquarone, ambos professores da faculdade.
Já as cirurgias
primárias serão comentadas pelos cirurgiões plásticos Diogo Franco, da UFRJ
(queiloplastia unilateral), Henrique Cintra, da Uerj (queiloplastia bilateral)
e Marcio Arnaut, da UFF (palatoplastia), tendo o colega João Medeiros como moderador
do debate.
“A atuação do pediatra diante das malformações faciais” será
explicada pelo responsável da Pediatria Médica da FMP/Fase, Álvaro Veiga.
A
psicóloga Lucimara Rase, do Centro de Tratamento de Anomalias Craniofaciais
(CTAC/Uerj), falará sobre “A atuação do psicólogo no tratamento de pacientes
com fissura labiopalatina: tratando dos pacientes e de toda a família”.
Já “A
atuação da Enfermagem no tratamento de pacientes com fissura labiopalatina” vai
ser enfocada pelo enfermeiro Renato Duarte Guimarães, professor da FMP/Fase.
Caberá à fonoaudióloga e nutricionista Scheila Marques falar sobre “Amamentação
e cuidados nutricionais dos pacientes com fissura labiopalatina”. Depois,
ocorrerá um debate moderado por Vera Soviero.
Outro painel explicará o “Impacto das cirurgias primárias no
crescimento facial”, com a ortodontista Isabella Holz; o “Manejo de crescimento
no paciente com fissura labiopalatina”, com o ortodontista David Alencar
(CTAC/Uerj); o “Enxerto ósseo alveolar secundário”, com o cirurgião bucomaxilofacial
Alexandre Canonice (CTAC/Uerj); e o “Enxerto ósseo alveolar e implantes
osseointegráveis”, com o também cirurgião bucomaxilofacial Thiago Schneider
(CTAC/Uerj).
Nos últimos painéis do dia, o “Tratamento ortodôntico no
paciente com fissura labiopalatina” será comentado pelo coordenador da
pós-graduação em Ortodontia da FMP/Fase, Aldir Cordeiro, e a “Cirurgia
ortognática no paciente com fissura labiopalatina”, por Bruno Dias.
Antes do
encerramento do evento ocorrerá um debate moderado pelo coordenador da
Especialização em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial da FMP/Fase,
Ricardo Tesch.
As inscrições para a 1ª Semana de Odontologia (R$ 15, para
estudantes, e R$ 30, para profissionais) podem ser feitas através do sitewww.fmpfase.edu.br.
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