A administração pública, com 1.235 desligamentos contra 260 admissões, foi a que mais contribuiu para esse resultado. Em segundo lugar, aparece o setor de serviços, que demitiu 680 trabalhadores e contratou outros 374 no mesmo período. Os demais segmentos apresentaram saldos positivos, sendo que o maior coube à indústria de transformação, com a abertura de 84 vagas no mercado de trabalho.
As informações acima constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) criado pelo Governo Federal na década de 1960 para manter um registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os dados, acessíveis pela internet, estão disponibilizados segundo os setores econômicos do IBGE
De acordo com as estatísticas do Caged, os números obtidos por Nova Friburgo nos 6 primeiros meses do ano também não são nada otimistas.De janeiro a junho de 2009, o município acumulou um saldo de 1.656 empregos formais fechados, também impulsionados pela administração pública: foram 810 contratações contra 2.384 demissões. Outros dois setores, o de serviços e o de comércio, ajudaram a cidade a obter esse resultado negativo. O primeiro contratou 2.284 trabalhadores e demitiu 2.509, reduzindo 256 vagas; o segundo empregou 2.559 pessoas, mas mandou para casa 66 a mais que a quantidade de trabalhadores contratados no período.
Ainda tendo como referência o mês de junho de 2009, a situação de Nova Friburgo nos últimos dozes meses, segundo o MTE, também não é nada boa: foram gerados um total de 19.567 empregos com carteira assinada, contra 20.234 dispensas – o que dá um saldo negativo de 667 vagas. Dentro desse cenário, a administração pública saiu na frente mais uma vez, acumulando a maior variação do período, com menos 1.403 vagas. Atrás vem o setor agropecuário, que abriu 68 vagas, contra 84 desligamentos. Os demais segmentos, entre admissões e demissões registradas no período, obtiveram maiores saldos.
Os dados do Caged revelam que o desemprego está em alta em Nova Friburgo.No setor privado, as demissões podem ser atribuídas aos efeitos da crise econômica mundial. No público, ao término dos contratos temporários de trabalho firmados por gestões anteriores e que garantiram o funcionamento da máquina administrativa nos últimos anos, depois da anulação do concurso público de 1999 e da sobra de vagas no de 2000. A esse aspecto, soma-se ainda o fato de que o governo municipal tem tido dificuldades para preencher o quadro de servidores, mesmo com autorização da Câmara para renovar as contratações temporárias – o que vem sendo feito desde o mês passado.
De acordo com dados levantados pelo Perfil dos Municípios em relação ao comportamento do emprego em Nova Friburgo, entre as ocupações com menores saldos no mês de junho de 2009 estão as de professor de educação de jovens e adultos (primeira a quarta série), assistente administrativo, cozinheiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem, médico clínico, inspetor de alunos de escola pública, gari, orientador educacional, guarda municipal e enfermeiro. No acumulado dos primeiros seis meses do ano, também aparecem as profissões de vendedor de comércio varejista, costureiro (a máquina, na confecção em série) e pedreiro.
Fonte: AVR
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