quarta-feira, 14 de outubro de 2009
MAIS UM ENCONTRO SUÍÇO! Preparando para os 200 anos
(SECOM/NF) ‘En route vers les 200 ans’ - Encontro rumo aos 200 anos. Este foi o tema, definido pelo próprio prefeito Heródoto Bento de Mello, para o VI Encontro Comunitário Suíço Brasileiro, que se realiza em Nova Friburgo a partir deste sábado, 17 de outubro, até a próxima terça-feira, 20. Neste período, o município recebe uma comitiva de 330 suíços do canton de Fribourg, com o qual mantém há três décadas um intercâmbio cultural, por conta da geminação de ambas as cidades.
A intenção do chefe do executivo friburguense, em seu quarto mandato, de inserir a preparação do bicentenário da fundação do município brasileiro, daqui a nove anos, na programação da visita dos suíços, é integrar os descendentes dos pioneiros colonizadores na comemoração de tamanha importância. “Afinal de contas, os suíços iniciaram tudo. Em maio de 2018, estaremos comemorando o reencontro daquele povo com a possibilidade de uma terra prometida, de novos tempos, que resultaram na construção da nossa Nova Friburgo dos dias de hoje”. - sustenta o prefeito.
JUNTOS DURANTE DOIS SÉCULOS
Segundo ainda o prefeito, que vem acompanhando e estimulando a integração dos dois povos ao longo dessas últimas três décadas, “brasileiros, friburguenses e suíços têm muito que celebrar. Juntos, escrevemos, ao longo desses quase dois séculos, uma das histórias mais ricas e bonitas sobre a construção de uma cidade, sobre o esforço de um povo, sobre a conquista de desbravadores, que mostram a essência do que é o imigrante”. – destacou o prefeito, justificando que é preciso desde já que os dois povos, mais do que amigos, irmãos, estejam integrados e irmanados com vistas à comemoração dos dois séculos de fundação de Nova Friburgo, pelo ato do rei Dom João VI.
Além de incentivar o intercâmbio com a Suíça, iniciado pelo irmão e também engenheiro, Ariosto Bento de Mello, falecido em 1979, o prefeito Heródoto liderou a criação do movimento ‘Nova Friburgo 200 anos’, instalado oficialmente em maio do ano passado com a proposta de preparar a população para o transcurso do bicentenário.
Programa começa sábado com cortejo de recepção
Aguardados desde a véspera na cidade - os suíços chegam em dois comboios, o primeiro previsto para às 10h30 e o segundo, às 22h30 da sexta-feira, 16 - e logo na manhã do sábado, 17, já participam do grande cortejo de recepção, a partir das 9h, com as participações de grupos artísticos e folclóricos da Suíça e de Nova Friburgo. A saída será da praça Dermeval Barbosa Moreira, em direção ao Palácio Barão de Nova Friburgo, sede do Governo municipal.
Estão previstos mais de mil alunos da rede pública municipal, que vão entoar o Hino de Nova Friburgo, sob a regência da professora e musicista Marlene Moreira, através do projeto ‘Música nas Escolas’; ginastas do INEC - Instituto de Esportes e Cultura, desportistas de várias modalidades, as bandas de músicas, representações das colônias, de famílias de descendentes, representantes dos distritos rurais e até uma escola de samba.
A delegação suíça contará com os grupos musicais Brass Band de Treyvaux, a Guggenmusik Les Trois Canards, o Les Corales de Bulle, a La Gérinia de Marly e coral Rosa Nova. Os visitantes vão desfilar primeiro, logo depois das autoridades dos dois países. A organização do desfile criou uma situação em que, mesmo os friburguenses que vão desfilar, estarão perfilados antes para assistirem aos suíços. Logo em seguida, os grupos locais vão se incorporar ao cortejo.
Banda Musical Guggenmusik Les Trois Canards
A previsão é de que até antes do meio dia a apresentação esteja concluída, sendo que um esquema especial de trânsito está sendo estruturado pela Autran - Autarquia Municipal de Trânsito, com as participações da Guarda Municipal e da Polícia Militar, cujos comandos do 11° Batalhão Tiradentes (local) e da região Serrana, respectivamente através do tenente coronel James de Barros e do coronel Luis Corso, estarão participando pessoalmente da operação.
A programação continua ainda na noite de sábado, 20h, com apresentações conjuntas da banda Euterpe e da Brass Band de Treyvaux, no Teatro Municipal de Nova Friburgo, enquanto o primeiro dia do encontro vai ser encerrado com carnaval, em plena Praça Dermeval Barbosa Moreira. Isso mesmo: “La Folie - Tem suíço no Samba” terá início às 22h, com a Guggenmusik Les Trois Canards.
No domingo, praça vai virar um grande palco de congraçamento
No domingo, 18, a missa no anfiteatro da Praça das Colônias, a partir das 9h30, terá a participação especial do coral suíço Rosa Nova. O ato religioso não será mais celebrado pelo bispo Dom Karl Josef Romer, como previsto anteriormente e inclusive como consta da programação.
Coral Choeur Rosa Nova
Logo após a missa, entre 11h30 e 14h, será realizado o Encontro Folclórico Suíço Brasileiro - História e Tradições, com as participações de diversos grupos de música, dança e artes circenses, além de grupos de mineiro pau, folias de reis, jongo, entre outros, que vão tomar toda a praça Getúlio Vargas.
À noite, no Teatro Municipal, do Suspiro, Campesina e a fanfarra La Gérinia de Marly farão apresentação conjunta, a partir das 20 horas.
Na segunda-feira, 19, os grupos de suíços se dividem em viagens à Tanguá, Santa Maria Madalena, Cantagalo e Lumiar e na terça-feira, 20, a programação se encerra com visitação à Casa Suíça, a partir das 10h, com apresentações de grupos do 3° distrito, enquanto às 15h, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), será feita apresentação pela Prefeitura/Firjan sobre o potencial de investimentos nas áreas industriais e comerciais.
SAIBA MAIS... Como tudo começou
Nova Friburgo foi fundada em 16 de maio de 1818, por um ato do rei Dom João VI, que autorizou ao agente suíço Sebastien Nicolas Gachet a vinda dos colonos suíços para povoar a então Fazenda do Morro Queimado. Chegados entre novembro de 1819 e abril de 1820, foram os povos pioneiros da construção da Nova Friburgo dos dias atuais.
Como a grande maioria era do Canton de Fribourg, resolveram batizar a nova terra com o nome de Nova Cidade Livre (Fri, de livre; e Burgo, cidade).
Apesar da ligação histórica entre os dois povos, somente na década de 1970 foram iniciados os processos de reaproximação. Foi a tese de mestrado do historiador Martin Nicoulin, ‘La Gènese du Nova Friburgo’, que permitiu a fribourgeoses e friburguenses se conhecerem melhor. De lá pra cá, 30 anos de criação da Associação Fribourg-Nova Friburgo, atualmente presidida por Roberto Wermelinger, cinco encontros suíços comunitários anteriores e muita história, sobretudo de amor, que unem dois povos, irmanados num só coração.
Marcadores:
.Arquivos 2008 / 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário