segunda-feira, 1 de março de 2010

Desperdício milionário de remédios e insumos médicos

EM 20 de julho de 2007, o Secretário Estadual de saúde falava em desperdício. E agora?

(Globo-on, 20/07/2007) O secretário estadual de Saúde, Sergio Côrtes, calcula em mais de R$ 20 milhões os prejuízos com medicamentos vencidos, estocados na central de armazenamento da secretaria, localizado no Barreto, em Niterói. No depósito, eles encontraram remédios vencidos, mas cerca de 90% dos medicamentos fora do prazo correspondem ao período de 2003 a 2006. Há dois meses, o secretário afastou os administradores do local, que agora é administrado pela empresa TCI, contratada em caráter emergencial para organizar o depósito.

O Dia, deste 1º de março: Autoridades deixaram R$ 15,6 milhões em produtos perderem o prazo de validade, entre julho e novembro do ano passado. Material ficou estocado em vez de ser distribuído a hospitais públicos ou a pacientes em tratamento

Medicamentos, materiais médico-hospitalares e insumos como luvas e gazes, que deveriam ter sido usados em hospitais ou disponibilizados para a população, perderam o prazo de validade na Central Geral de Abastecimento do estado, em Niterói. De acordo com relatório preliminar do Departamento Nacional de Auditoria do SUS do Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde desperdiçou R$ 15,6 milhões com produtos que perderam o prazo, entre julho e novembro do ano passado. Entre o material inutilizado estavam R$ 649,6 mil em medicamentos que fazem parte da grade de remédios excepcionais, que devem ser fornecidos a pacientes com doenças crônicas, como esclerose múltipla, Parkinson, hepatite B e C e outras de alto custo.

"Tantas pessoas precisando de remédio e o estado deixa estragar. Eu fico triste não só por mim”, disse o aposentado Luis Favrat, 69 anos. Com parkinson, Luis precisa de dois remédios. Quarta-feira (24), ele saiu de casa em Olaria e não conseguiu um deles, o Prolopa, que custa R$ 45 a caixa. “Falaram para voltar segunda-feira”. Com os R$ 15,6 milhões jogados no lixo, o estado compraria 348 mil caixas do remédio que o aposentado precisa.

Olho vivo, Estado do Rio!

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