CNN (EUA): Nove disputam o cargo mais alto do Brasil enquanto eleitores vão às urnas
A rede de TV americana CNN (EUA) destaca neste domingo que Dilma está à frente das pesquisas para a Presidência e que a "ex-guerrilheira marxista" pode se tornar a primeira mulher a ocupar o mais alto cargo do Executivo no Brasil.
"Telegraph" (Reino Unido): Destino do Brasil garantido sob ex-guerrilheira marxista
Dilma Rousseff, que passou três anos na cadeia no começo dos anos 70 por sua participação na luta para derrubar a então ditadura militar do Brasil, quer ampliar o legado do enormemente popular socialista Luiz Inacio Lula da Silva. Assim começa o jornal britânico "Telegraph" em sua matéria sobre as eleições deste domingo no Brasil.
"Guardian" (Reino Unido): O Brasil de Lula: chamativo, rico, dinâmico
O jornal britânico foca neste domingo no legado que o presidente Lula deixará para seu sucessor. Como ex-sindicalista, afirma o "Guardian", o popular presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é mais conhecido por ajudar os pobres de seu país durante um reinado de oito anos que está entrando em seus momentos finais.
"El Pais" (Espanha): Brasil prende a respiração antes da eleição de hoje
O jornal espanhol destaca que será a classe C, os 30 milhões de brasileiros que saíram da pobreza extrema nos últimos dez anos, que decidirão neste domingo quem sucede o presidente mais popular de sua história, Lula.
"Corriere della Sera" (Itália): Brasil aposta na Dilma, pupila de Lula
O Brasil pode se ver na noite deste domingo com uma mulher na Presidência ou com a perspectiva de mais um mês de campanha, afirma o jornal italiano, que destaca que a ex-guerrilheira tem uma grande liderança com 47% dos votos, seguido por José Serra com 28% e 14% de Marina Silva. Os números, ressalva, não garantem uma vitória no primeiro turno e os brasileiros podem voltar aos colégios eleitorais no próximo dia 31.
Lula e seu PT, o Partido dos Trabalhadores, mostraram que a continuidade funciona perfeitamente. A Dilma que nunca tinha competido em uma eleição, de qualquer tipo, não inflama ou emana um carisma particular. Sua trajetória --desde a guerra de guerrilha contra a ditadura na sua juventude para o papel de tecnocrata da infraestrutura-- é notável e ninguém pode acusá-la de ser um fantoche. Mas em uma campanha aberta ou no encontro com os jornalistas, por exemplo, poderia mostrar seus defeitos e inadequações para a tarefa que a aguarda.
O seu pessoal de marketing político, afirma o jornal, teve cuidado para suavizar a imagem demasiadamente rígida. Eles também tentaram fazê-la chorar, por exemplo, o que Lula faz com uma facilidade incomum.
"Washington Post" (EUA): Brasil vai escolher sucessor para popular presidente
Os brasileiros votam neste domingo nas eleições nacionais que podem acabar com a favorita Dilma Rousseff como a primeira mulher presidente do país, sucedendo seu popular aliado e mentor.
Rousseff, uma ex-guerrilheira de 62 anos, representa o Partido dos Trabalhadores e é a sucessora escolhida a dedo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que levou o Brasil ao crescimento econômico sem precedentes e crescente peso político no cenário mundial.
As últimas sondagens mostram-na com uma vantagem de cerca de 20 pontos percentuais sobre seu rival mais próximo, José Serra, um centrista de 68 anos do Partido da Social Democracia Brasileira, que foi duramente derrotado por Lula na eleição de 2002.
"The New York Times" (EUA): Pupila do líder do Brasil deve prevalecer na eleição
Apesar de Dilma Rousseff ser uma novata política e não ter o carisma de seu antigo chefe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os eleitores parecem propensos a fazer dela a primeira mulher a ser presidente do Brasil nas eleições de domingo.
Segundo o jornal americano, Dilma foi capaz de aproveitar a popularidade de Lula e fazer da eleição, essencialmente, um referendo sobre seus oito anos de mandato --um período de prosperidade generalizada que consolidou o país como um ator global crescente.
"Isso passou a ser um plebiscito previsível, um sinal de positivo para os anos de Lula", disse Timothy J. Power, diretor do Centro Latino-Americano da Universidade de Oxford.
"Le Monde" (França): Dilma Rousseff, a herdeira designada de Lula no Brasil
Se Dilma Rousseff passar a ser a próxima presidente do Brasil, ela conseguirá um feito raro: aceder ao mais alto cargo em uma grande democracia, sem nunca ter participado de qualquer cargo eleito. Além de seus próprios méritos, ela deve sua vitória amplamente à conquista do apoio de Lula.
A história deste casal é recente. Dilma aderiu ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2000. O futuro presidente ficou impressionado com ela, que estava no comando de Minas e Energia em Porto Alegre. Chefe de Estado eleito, ele ofereceu o mesmo posto em nível federal.
Em 2005, ele deu a Casa Civil a ela, que adquiriu rapidamente uma reputação como uma "dama de ferro" teimosa, exigente e autoritária. Após a saída de vários pesos pesados PT, incluindo José Dirceu, envolvido em um escândalo de corrupção, Lula ficou sem herdeiro natural. A escolha de Dilma lhe foi imposta.
"Clarín" (Argentina): Dilma Rousseff, com a força de Lula, disputa hoje a Presidência
Ex-guerrilheira presa por anos sob a ditadura militar, Dilma é a favorita com entre 51% e 54% dos votos válidos segundo pesquisas, o que garantiria vitória no primeiro turno. Serra, ex-governador de São Paulo, teria 30%.
Impulsionada pelo carisma de Lula e seu forte apelo popular, Dilma chega a este posto sem experiência prévia em cargos eletivos, mas com uma carreira em altos cargos públicos. Com Lula, foi ministra de Minas e Energia (2002-2005) e chefe da Casa Civil (2005-2010).
Em uma campanha eleitoral com acusações de corrupção lançadas pela oposição e os ataques da imprensa sobre seu passado como guerrilheira, Dilma reafirmou que seu programa será uma continuidade da gestão de Lula, mas procurará expandir a assistência social, sem alterar as bases ortodoxas da política macroeconômica.
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