O governo do Equador afirmou nesta terça-feira, 23, que a estatal brasileira Petrobras deverá deixar o país, depois de fracassadas as negociações para estabelecer novas regras para a exploração de petróleo.
O anúncio foi feito pelo ministro de Recursos Naturais não Renováveis, Wilson Pastor, horas antes do fim do prazo estabelecido para a mudança dos contratos de participação para um modelo que limita a atuação das petroleiras à prestação de serviços.
De acordo com o governo equatoriano, a Petrobras deverá entregar a operação de seus dois poços, com produção diária estimada em 19,3 mil barris, no prazo de 120 dias. A Petrobras ainda não se pronunciou.
As novas regras para a exploração de petróleo no Equador estabelecem que o Estado arrecadará todo o lucro obtido com a extração, em troca do pagamento dos custos de produção.
Outras três companhias, além da Petrobras, também ficaram fora dos novos contratos. O Equador fechou acordos com as empresas Repsol-YPF, Agip, Andes Petroleum e PetroOriental-Enap.
O impasse nos contratos entre a Petrobras e o Equador se arrasta desde 2008, quando o governo anunciou as novas regras para a exploração petrolífera no país. Antes, a arrecadação do Estado era de apenas 18% do lucro do petróleo.
À época, quando foi assinado o "contrato de transição", a Petrobras havia advertido que o impasse entre a estatal e o Equador continuava, apesar do acordo e que existia a possibilidade da companhia deixar do país.
Membro da Organização de Estados Exportadores de Petróleo (Opep), O Equador produz 500 mil barris de petróleo por dia.
BBC Brasil
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