Iniciamos ontem, com o apoio da Prefeitura do Rio, através das Secretarias municipais de Educação (coordenadoria de infraestrutura) e de Obras (Riourbe e diretoria de planejamento), levantamento da situação física e logística da nossa rede educacional. Das 20 unidades visitadas, 6 apresentam problemas de natureza diversa: avarias no imóvel, ocorrência de alagamento, perda de mobiliário e equipamentos, danos às estruturas elétricas, hidráulicas, de telefonia e de internet, destruição de materiais escolares. Continuaremos esse trabalho com o apoio das direções das unidades, que receberam formulário próprio através de e-mail enviado pela SME ontem à noite e em reunião que será realizada nesta sexta, às 10h30, no CIEP Licínio Teixeira, sede da Secretaria.
Avaliação preliminar feita pelos técnicos da Prefeitura do Rio e pelo arquiteto Fernando, da nossa coordenadoria de infraestrutura, aponta prejuízo de 300 a 500 mil reais por unidade afetada. Se a proporção de unidades for mantida em relação às já visitadas (6 unidades afetadas de um total de 20 visitadas), teríamos cerca de 40 unidades com problemas, e de 12 a 20 milhões de prejuízo.
Estamos realizando o levantamento de nossos professores, servidores e alunos que perderam suas vidas no fatídico 12/01/2011. Informações preliminares dão conta de que foram dezenas, infelizmente.
Informo ainda que temos cerca de 20 unidades, entre escolas e creches, servindo de abrigo para nossa comunidade atingida pela catástrofe. São elas: Escolas Isabel Monteiro, Messias Moraes Teixeira, Lafayette Bravo Filho, Umbelina Breder de Queiroz, Francisco Silveira, Pastor Schlupp, Hélio Gonçalves Corrêa, Claudir de Lima, CIEP Licínio Teixeira, Patrícia Jonas Santanna, Eduardo Bueny, Vevey La Jolie, e creches Clementina Aires Martins e Bela Vista, entre outras.
Nossos ônibus de transporte escolar estão desde a ocorrência da catástrofe, transportando diariamente pacientes de hemodiálise para Itaperuna, Itaboraí e São Gonçalo.
Em meio a toda situação delicada que vivemos, iniciamos ainda estudos para projetar um novo modelo de escola, padronizada, com pilotis altos, ambientalmente inteligentes, com estruturas modernas, a serem localizadas em áreas planas, com o objetivo de concentrarmos nossa rede através dos distritos e regiões, a fim de minimizarmos os recorrentes problemas que vivemos na educação municipal, agravados sobremaneira com essa tragédia. Uma espécie de CIEP serrano.
Solicitaremos formalmente ao MEC, através do governo municipal, apoio tanto para resolvermos os problemas identificados nas atuais unidades, quanto na construção das novas, que estimamos entre 15 e 20, e que poderiam abrigar toda a rede em melhores condições. Uma delas na Fazenda da Laje, próximo às 3 mil novas residências que serão construídas.
Todos esses levantamentos serão concluídos até a próxima segunda, quando me reunirei com o prefeito Dermeval Neto para decisão relativa à data de início do ano letivo, que estava prevista inicialmente para a primeira semana de fevereiro.
Att.
Marcelo Verly
Secretário de Educação de Nova friburgo
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