segunda-feira, 23 de maio de 2011

Representantes de comunidades lotam as audiências públicas da SME

Audiências públicas da Secretaria Municipal de Educação vem sendo realizadas, sendo a segunda no dia 11, ocasião em que novamente o plenário da Câmara dos Vereadores ficou lotado de diretores, professores, pais e representantes de comunidades. Marcou presença também a promotora de Justiça, Simone Gomes de Souza, e o vereador Edson Flávio dos Santos. O público, formado por mais de 200 pessoas, argumentou e expôs seus pontos de vista, de forma democrática e franca.

No dia 11, o diretor da Escola Dante Magliano, Cláudio Cardoso, falou das condições estruturais da unidade e da falta de professores. As diretoras Vilma Spitz (JK), Alba Valéria (Emília Adelaide), Neide Aparecida (Acyr Spitz) e Marta Rachel de Paula (Conj.01) descreveram a situação de suas escolas, assim como outros diretores. Para o secretário, “um dos problemas mais sérios que enfrentamos na rede é a infraestrutura, a falta de qualidade nas construções. Para resolver o problema, estão em andamento licitações para reformas e ampliação das unidades”.

Nildo Nogueira (Mury), Paulo Sérgio Curvelo e Roldericht Brum (Santiago/Lumiar), Elisângela Barroso (Bocaina dos Blaudt), Ivonilde Martins (Vargem Alta), Maria Dilva Ouverney (Rio Bonito), Carlos Martins (APA Stucky) e Suelen Temperini de Moraes (Fazenda Bela Vista) foram alguns dos representantes das comunidades que se manifestaram.

Na quarta-feira, 18, o secretário Marcelo Verly, acompanhado dos subsecretários Raul Marcos e Larry Busquet, e de coordenadores, recebeu as direções de escolas e membros das comunidades de Salinas, Conquista, São Lourenço, Córrego Dantas, Campo do Coelho, Cardinot e Três Cachoeiras.

Uma nova escola para um novo tempo

Na abertura da terceira audiência, Verly reiterou que persistirá no aprofundamento da gestão democrática da secretaria. Tópicos como gastos com folha de pagamento, regimes estatutário e celetista, papel dos diretores e o compromisso com a comunidade de liderar propostas para inclusão no orçamento, autonomia e responsabilidade em relação à merenda, adequação de transporte para crianças pequenas, licitações em curso, entraves burocráticos, entre outros, foram igualmente expostos.

Para acabar com boatos, o secretário esclareceu que não fechará nem desativará nenhuma escola. “Precisamos adotar um novo tipo de construção baseado em um modelo de unidade perfeitamente adequado”, disse, acrescentando que se empenhará para diminuir a evasão através de investimento na qualificação do ensino com computadores e ampliando o tempo de permanência dos alunos na rede. Verly aproveitou para informar que o município foi contemplado com a expansão do programa Mais Educação, que passa a abranger mais 50 escolas, perfazendo um total de 66, atendendo a 12 mil alunos.

Ao longo dos últimos 30 dias, a equipe da secretaria pesquisou e concluiu na sexta-feira, 14, um trabalho sobre “Visão”, que norteará as ações da Educação: ser um modelo de excelência, competência, comprometimento e ética; criar novos rumos para a educação pública através da construção do conhecimento e do desenvolvimento da capacidade crítica junto aos alunos; respeitar as diferenças; propiciar uma educação de justiça, igualdade e qualidade; e promover o exercício pleno da cidadania.

O que querem diretores, pais e moradores

Falta de vagas em creche, espaços para as crianças tomarem sol, problemas em espaços que enchem de água toda vez que chove, manutenção de encanamento e da rede elétrica, falta de quadra de esportes coberta, foram alguns dos apontamentos feitos por diretores de escolas e pessoas das comunidades.


Carla Tardin, diretora da creche Dolores de Sá, em Conquista


A diretora Patrícia Fujimaki, da escola Florândia da Serra, relatou o roubo sofrido pela unidade


A mãe de aluno, Márcia Moura, de São Lourenço, foi preparada para discutir várias questões sobre a escola do filho

Diante dos relatos, o secretário aproveitou para anunciar a proposta do novo modelo de escola, com uma ou duas unidades em cada região para qualificar a infraestrutura física da rede: "O número de alunos tem diminuído nos últimos anos. Temos que parar de comprar ou alugar imóveis inadequados para escolas porque eles acabam virando depósitos de crianças, o que não podemos tolerar, e os pais, compreensivelmente, tiram os filhos das escolas públicas e buscam alternativas na rede particular”.

O arquiteto da secretaria, Fernando Rodrigues, explicou sobre algumas situações informando que parte dos problemas é estrutural, em virtude de construções abaixo do nível da rua, por exemplo; e Verly orientou as diretoras a enviar suas demandas, com estimativa de custo, para que a secretaria defina sua proposta orçamentária para 2012.
Aos diretores, o secretário pediu que refletissem sobre o tipo de escola onde querem exercer a profissão que escolheram; aos pais, perguntou que escolas desejam para seus filhos, e aos moradores, como deve ser uma unidade de ensino que dignifique o local onde vivem. No encerramento, o secretário apresentou, através de data-show, a maquete do projeto arquitetônico que servirá de modelo para as novas construções.

Para a próxima audiência, nesta quarta-feira, 25, das 18h às 21h, estão convocados os diretores das unidades de ensino das seguintes localidades: Amparo, Nova Suíça, Chácara do Paraíso, Rio Grande de Cima, São Geraldo e adjacências. Seus moradores e representantes, além de vereadores e quem mais desejar participar, estão convidados.

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