Atento às expectativas de um público cada vez maior e mais interessado em participar dos debates sobre a construção do orçamento para a Educação em 2012, o secretário municipal de Educação, Marcelo Verly, e o subsecretário Raul Marcos iniciaram a quinta audiência realizada quarta-feira, 1º, apresentando ao público duas cartilhas abordando o tema: “Olho vivo no dinheiro público, controle social. Orientações aos cidadãos para participação na gestão pública e exercício do controle social”, publicadas pela Controladoria Geral da União. Ambas contém questões que vêm sendo debatidas há cinco semanas, com ampla interação da população e a equipe da SME.
Fazendo um retrospecto sobre a realidade do setor em Nova Friburgo, Verly esclareceu tratar-se de uma rede de 99 escolas, 34 creches e uma escola técnica que atende, através de mais de 2.700 profissionais, a cerca de 20 mil crianças e adolescentes. E complementou: “como vêm sendo tratadas todas as questões nas audiências públicas, propusemos em parceria com a comissão de educação e a presidência do Legislativo, a realização de uma audiência pública no dia 22 de junho para discutirmos, de forma transparente e aberta, a política salarial para a educação municipal e sua efetiva incorporação à proposta orçamentária 2012.”.
A voz ativa das comunidades
Representantes de 31 unidades de ensino e líderes comunitários de bairros como o Centro, Cordoeira, Vale dos Pinheiros, Lagoinha, Braunes, Perissê, Olaria, Alto de Olaria, Cônego, Cascatinha, Vilage e Granja Spinelli, pediram a palavra e, mais uma vez, as principais demandas foram por reforma e ampliação de unidades, contratação de novos profissionais, materiais didáticos e equipamentos.
A aluna Neucyana Muzi de Oliveira, da Escola de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem Nossa Srª. de Fátima, falou em nome dos colegas sobre a importância da instituição, que existe há 46 anos e forma dezenas de alunos por ano. “Temos a falta de professores, que deveriam ser 13 e atualmente só temos sete. Não é um número suficiente para suprir as nossas carências de estágio e de aulas teóricas”, disse, acrescentando que a biblioteca tem livros obsoletos e que a unidade precisa de material hospitalar para treinamento de técnicas em laboratório, entre outras demandas.
Geraldo Fernandes de Moura, presidente da Associação de Moradores dos loteamentos “Nosso Sonho” e “Novo Lar”, enumerou os problemas pelos quais vem passando a Escola Helena Coutinho. Inundada em 2007, passou por reforma entre 2009 e 2010, e com a tragédia de janeiro de 2011, a escola foi interditada pela Defesa Civil. Desde então, os alunos estão no Ciep de Olaria. Em recente avaliação, a Defesa Civil liberou a unidade para ser reformada, com possível retorno dos alunos no segundo semestre.Na audiência desta quarta-feira, 8, serão ouvidas as direções das unidades e as respectivas comunidades de Conselheiro Paulino, Riograndina, Floresta, Prado, Jardim Califórnia, Parque das Flores, São Jorge, Alto do Catete, Parque Maria Tereza, Sítio dos Affonsos e Janela das Andorinhas.
A penúltima audiência será realizada no dia 15 de junho. Nessa ocasião, serão apresentadas todas as reivindicações feitas ao longo das audiências anteriores e o volume de recursos que será disponibilizado na proposta orçamentária 2012 para seu atendimento, de forma a permitir a hierarquização das demandas e sua compatibilização com os valores disponíveis.
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