terça-feira, 7 de junho de 2011

Audiências públicas sobre educação debatem orçamento de 2012

Próxima audiência será realizada nessa quarta, 08, e contemplará bairros e distritos de Conselheiro Paulino e Riograndina

Atento às expectativas de um público cada vez maior e mais interessado em participar dos debates sobre a construção do orçamento para a Educação em 2012, o secretário municipal de Educação, Marcelo Verly, e o subsecretário Raul Marcos iniciaram a quinta audiência realizada quarta-feira, 1º, apresentando ao público duas cartilhas abordando o tema: “Olho vivo no dinheiro público, controle social. Orientações aos cidadãos para participação na gestão pública e exercício do controle social”, publicadas pela Controladoria Geral da União. Ambas contém questões que vêm sendo debatidas há cinco semanas, com ampla interação da população e a equipe da SME.

Fazendo um retrospecto sobre a realidade do setor em Nova Friburgo, Verly esclareceu tratar-se de uma rede de 99 escolas, 34 creches e uma escola técnica que atende, através de mais de 2.700 profissionais, a cerca de 20 mil crianças e adolescentes. E complementou: “como vêm sendo tratadas todas as questões nas audiências públicas, propusemos em parceria com a comissão de educação e a presidência do Legislativo, a realização de uma audiência pública no dia 22 de junho para discutirmos, de forma transparente e aberta, a política salarial para a educação municipal e sua efetiva incorporação à proposta orçamentária 2012.”.

A voz ativa das comunidades

Representantes de 31 unidades de ensino e líderes comunitários de bairros como o Centro, Cordoeira, Vale dos Pinheiros, Lagoinha, Braunes, Perissê, Olaria, Alto de Olaria, Cônego, Cascatinha, Vilage e Granja Spinelli, pediram a palavra e, mais uma vez, as principais demandas foram por reforma e ampliação de unidades, contratação de novos profissionais, materiais didáticos e equipamentos.

A aluna Neucyana Muzi de Oliveira, da Escola de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem Nossa Srª. de Fátima, falou em nome dos colegas sobre a importância da instituição, que existe há 46 anos e forma dezenas de alunos por ano. “Temos a falta de professores, que deveriam ser 13 e atualmente só temos sete. Não é um número suficiente para suprir as nossas carências de estágio e de aulas teóricas”, disse, acrescentando que a biblioteca tem livros obsoletos e que a unidade precisa de material hospitalar para treinamento de técnicas em laboratório, entre outras demandas.

Thiago Neves, pai de aluno da Creche Elza Barbosa Melhorança, em Olaria, apresentou as reivindicações que resultaram de uma reunião feita dois dias antes, com a diretora, professores e pais de alunos. Entre elas, a aquisição do imóvel, considerado por eles como sendo excelente para abrigar o pré-escolar, futuramente.

Geraldo Fernandes de Moura, presidente da Associação de Moradores dos loteamentos “Nosso Sonho” e “Novo Lar”, enumerou os problemas pelos quais vem passando a Escola Helena Coutinho. Inundada em 2007, passou por reforma entre 2009 e 2010, e com a tragédia de janeiro de 2011, a escola foi interditada pela Defesa Civil. Desde então, os alunos estão no Ciep de Olaria. Em recente avaliação, a Defesa Civil liberou a unidade para ser reformada, com possível retorno dos alunos no segundo semestre.

Solano França, morador do bairro Cascatinha, membro do Conselho da Escola Amâncio Mário Azevedo e pai de aluno, questionou a interrupção da reconstrução da escola, que segundo ele deveria ser feita pela Emop. Neste ponto, Verly esclareceu que a secretaria não tem responsabilidade sobre a contratação das empreiteiras, mas que o prefeito Dermeval Neto tem estado em contato com o governo estadual para que a situação seja regularizada.

Na audiência desta quarta-feira, 8, serão ouvidas as direções das unidades e as respectivas comunidades de Conselheiro Paulino, Riograndina, Floresta, Prado, Jardim Califórnia, Parque das Flores, São Jorge, Alto do Catete, Parque Maria Tereza, Sítio dos Affonsos e Janela das Andorinhas.

A penúltima audiência será realizada no dia 15 de junho. Nessa ocasião, serão apresentadas todas as reivindicações feitas ao longo das audiências anteriores e o volume de recursos que será disponibilizado na proposta orçamentária 2012 para seu atendimento, de forma a permitir a hierarquização das demandas e sua compatibilização com os valores disponíveis.

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