“No caso agora do ministério do Trabalho, os envolvidos nas denúncias que a imprensa revelou no fim de semana são todos filiados ao PDT, beneficiários do loteamento político-partidário da administração federal, donatários da capitania hereditária denominada ministério do Trabalho. Assim como nos outros casos anteriores, repete-se o escândalo, confirma-se a causa. O modelo de loteamento dos cargos precisa ser destruído. Ou o governo acaba com o loteamento, ou o loteamento acabará com esse governo”, afirmou o senador tucano.Assim como fez em denúncias que atingiram outros ministros, o Líder do PSDB defendeu a saída do ministro Carlos Lupi de seu cargo, até que os esclarecimentos sejam dados e as irregularidades explicadas.
“Desde o início, quando surgiu o caso Palocci, que foi o primeiro, eu defendo a tese de que se as denúncias são graves, são consistentes, o afastamento é a primeira providência a ser tomada pelo governo”, disse Alvaro Dias, que criticou a postura da presidente Dilma Rousseff, que permite o sangramento público dos ministros antes do afastamento definitivo dos mesmos.
“Essa tem sido a rotina. A presidente adota a postura de advogada de defesa dos investigados, certamente em função de manter o apoio partidário e, ao final, o ministro acaba sucumbindo porque acaba não resistindo às denúncias e às pressões”, disse o senador tucano.
De acordo com o Líder do PSDB no Senado, o partido deve fazer nesta semana uma análise das denúncias apresentadas contra o ministro do Trabalho, antes de adotar alguma medida no Congresso ou junto à Procuradoria-Geral da República. Nos últimos casos de corrupção em ministério do governo federal, as lideranças de oposição têm feito pedidos de investigação ao Ministério Público e convites para que os ministros compareçam em comissões da Câmara e Senado a fim de dar esclarecimentos. Alvaro Dias, entretanto, afirma que a ida de autoridades ao Congresso não tem levado a resultados concretos na elucidação das denúncias.
“O resultado dos esclarecimentos de autoridades do governo no Congresso não tem sido favorável, porque há um esquema de proteção do convidado por parte da base aliada. A ampla maioria governista estabelece uma verdadeira blindagem ao convidado”, avaliou o senador Alvaro Dias.
Ao falar também sobre as irregularidades que envolvem a atuação de mais um ministro do governo Dilma, o senador Aécio Neves (MG) disse “lamentar” que todas as denúncias partam da imprensa, e não de órgãos de controle do próprio governo.
“A presidente Dilma costuma usar muito a palavra malfeito. Mas neste governo só se pune o malfeito quando ele vira escândalo. Até aí o malfeito é sempre considerado bem feito”, afirmou o senador tucano ao jornal Folha de S.Paulo.
Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado
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