Nota do vereador Marcelo Verly, ex-Secretário de Educação Municipal:
Desde a publicação da portaria assinada pelo
prefeito interino, exonerando todos os diretores e dirigentes das escolas e
creches municipais, tenho recebido diversas mensagens de funcionários da rede de
ensino e cidadãos preocupados com a chuva e a função das unidades escolares no
Plano de Emergência coordenado pela Defesa Civil. São dezenas de escolas e
creches que foram classificadas como pontos de apoio e abrigos.
Sem
diretores ou dirigentes, caso a chuva (que já está preocupando a população)
piore e os pontos de apoio e abrigos tenham que ser usados, quem vai coordenar
essa ação? A Defesa Civil está preparada? A Secretaria de Assistência Social
está preparada? Várias reuniões e contatos foram feitos com as direções para
organizar as ações. Todos aqueles que trabalharam ou viram de perto a atuação
dos servidores da educação sabem que não é tão simples, aliás, não é nada
simples.
A autoridade responsável, o prefeito interino, já deveria ter se
pronunciado e explicado qual o "plano B" se os pontos de apoio e abrigos da
educação tiverem de ser usados. O povo tem medo, e com razão, depois de tudo o
que passamos há quase um ano. É preciso tranqüilizar as pessoas. E continuemos
com as nossas orações para que nada de grave aconteça e que as chuvas diminuam.
O povo sofrido de Nova Friburgo está precisando de paz e segurança.
Marcelo Verly
Um comentário:
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Estou morando em Nova Friburgo há quatro anos e nos últimos dois estou convivendo com o mesmo discurso das autoridades de segurança pública visando os moradores ribeirinhos e os que têm casa no pé do morro da cidade. Nada vi que tivesse sido feito pelas vítimas das chuvas de janeiro passado que ainda sofrem nos braços de parentes e
amigos, sem casa, honra e esperança.
Vejo na tevê que a defesa civil pede que não se faça fogueira nos morros para que a terra não rache e as águas da chuva infiltrem levando o morro ao desmoronamento, mas quando o fogo arde com a seca no topo do barrancos, ninguém aparece para conter as chamas e quando a defesa civil se manifesta o mal já se consumou.
O trânsito é outra vergonha. Muitos carros estacionados em vias não permitidas bloqueiam a chegada dos turistas e a passagem dos ônibus com a mão de obra produtora. Os sinais, sem sincronia, os retornos em locais que não devia e o jardim da Paissandu dão nota zero aos órgãos responsáveis. Friburgo não tem mais com que atrair turistas. Não fossem os compradores de langeri e os representantes comerciais de outras praças e a cidade há muito teria parado, se não parou.
Tenho hoje, em minha casa, um casal de escritores oriundos do Espírito Santo, sendo que Catia Helena Alcântara de Oliveira, com assento assegurado na cadeira 22 da academia de Letras de Santa Catarina é quem mais se indigna com o descaso.
Acreditamos em Deus e nos homens do poder deste município mesmo que a indiferença grite alto.
silvioafonso
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