domingo, 24 de março de 2013

Alvaro Dias condena excesso de gastos e tamanho da comitiva de Dilma em viagem a Roma

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) fez severas críticas, na terça-feira (20/03), ao tamanho do aparato logístico levado para a cidade de Roma pela presidente Dilma Rousseff, para acompanhar entronização do Papa Francisco. Em Plenário, o senador considerou que o tamanho da comitiva presidencial, que exorbitou nos gastos com diárias de hotel, aluguel de veículos e equipamentos, representaram uma afronta à população brasileira. “Já é mais do que sabido que este é um governo perdulário, que gasta em demasia com ações desnecessárias e estruturas excessivas. Mas o espetáculo turístico promovido pelo Palácio do Planalto, para visitar um Papa que se apresenta como amigo dos pobres, não apenas é afrontoso com a população de um País que abriga boa parte da sua população na faixa de pobreza, como também causa inconformismo e indignação”, afirmou o senador tucano.

O senador lembrou que a presidente brasileira dispensou a hospedagem no suntuoso prédio da Embaixada do Brasil em Roma, localizada no Palácio Pamphilli. Alvaro Dias destacou que foi o embaixador Hugo Gouthier, nos anos 60, que liderou a negociação e posterior compra do Palácio, localizado na famosa Piazza Navona, na capital italiana. Também foi lembrado pelo senador que a embaixada, que sofreu os efeitos da deterioração do tempo, teve sua restauração coordenada pela embaixatriz Lúcia Flecha de Lima, na época em que Paulo de Tarso era o embaixador brasileiro na Itália. “A memória do Embaixador Hugo Gouthier e a saúde do contribuinte brasileiro teriam sido melhor preservadas se a presidente Dilma optasse pelo Palácio Pamphili”, pontuou o senador.

A logística utilizada por Dilma em Roma foi detalhada por Alvaro Dias no Plenário. De acordo com informações divulgadas pela imprensa, a comitiva presidencial envolveu 52 quartos de hotel e 17 veículos. A frota incluiu sete veículos sedan com motorista, um carro blindado de luxo, quatro vans executivas com capacidade para 15 pessoas cada, um micro-ônibus e um veículo destinado aos seguranças, sem falar de um caminhão-baú e dois furgões para o transporte de bagagens e equipamentos. Já o hotel utilizado pela presidente – WestinExcelsior – cobra pela diária de sua suíte presidencial algo em torno de R$ 8.000, e seu apartamento mais barato custa aproximadamente R$ 9OO. Nesse hotel o bloqueio da comitiva brasileira foi de 30 quartos.

Para o senador Alvaro Dias, tamanho gasto com a viagem representa “uma agressão ao bom senso, à realidade, mas é sobretudo uma agressão à pobreza, que não foi exterminada no Brasil como a propaganda oficial tenta insinuar”. O senador destacou ainda que os gastos do Brasil para a visita a Roma se chocam com o discurso do novo Papa, voltado para o atendimento aos mais pobres. Alvaro dias destacou ainda a repercussão sobre o assunto em jornais internacionais, como o espanhol ABC. Na opinião do senador tucano, a repercussão é justificável, dado o tamanho da comitiva. “Dilma levou a Roma uma pequena multidão. Se a presidente reunisse sua numerosa comitiva em frente à Embaixada em Roma, pensariam que ali estaria sendo realizado um comício. Ao que parece, foi uma missão de turismo oficial, um verdadeiro espetáculo turístico em Roma”, concluiu.

Nenhum comentário: