O Plano Inova Empresas, lançado com o ritual de festividades e pompas usuais por Dilma na última semana, além de não inovar em nada, apenas aumenta quantidade de recursos de programas anteriores. A constatação foi feita nesta terça-feira (19/03) pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), ao apresentar, no Plenário, análises de especialistas do setor de inovação a respeito do novo programa anunciado pelo governo.
Estudos destacados por Alvaro Dias, de profissionais como Joseph Schumpeter e Rafael Levy, além dos professores Marcos Paulo Fuck e Anapatrícia Morales Vilha, apontam que o governo, além de desperdiçar oportunidade de propor ampla reforma de gestão, ainda apresenta um programa que se resume a injetar volume maior de recursos nas linhas de trabalho já existentes. "Mais uma vez, o governo Dilma aposta na falta de memória da população brasileira. Este é um governo bom de anúncios espetaculosos, mas péssimo de execução. Com propagandas fraudulentas como a feita para este programa de inovação que não inova nada, governo preserva a sua popularidade".
Alvaro Dias questionou a eficácia e o elevado valor de recursos destinados pelo governo federal ao Plano Inova Empresa, lançado no último dia 14. O objetivo do programa, que prevê a aplicação de R$ 32,9 bilhões, é tornar as indústrias brasileiras mais competitivas no mercado global por intermédio da inovação tecnológica e aumentar a produtividade, mas o senador tucano acredita que o governo ainda não demonstra capacidade para enfrentar esse desafio com resultados. "Pelos precedentes esse é mais um anúncio que gera uma falsa expectativa e cujo objetivo final lastimavelmente deve ser a frustração. Certamente daqui a alguns anos, ao final do governo Dilma, nós poderemos voltar à tribuna e afirmar que dos R$ 32 bilhões anunciados apenas alguns milhões foram investidos como ocorreu com o programa de R$ 1,4 bilhão que aplicou apenas R$ 160 milhões" afirmou Alvaro Dias, referindo-se ao anúncio feito em 2009 para o programa Primeira Empresa Inovadora (Prime).
Segundo Alvaro Dias, a execução orçamentária desse programa não chegou a 12% do esperado e foi extinto logo no primeiro ano. Para ele, os resultados anteriores servem de alerta para não haver novas frustrações. "Os desafios que estão postos ao sistema de inovação em nosso país são inúmeros e exigem o fortalecimento das articulações e parcerias entre os atores públicos e privados atuantes no processo de inovação. Do governo esperamos menos marketing e ostentação, mais competência na execução, um mínimo de reflexão e algum planejamento estratégico", concluiu Alvaro Dias.
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