domingo, 25 de agosto de 2013

Geração de empregos com carteira desaba e resultado de julho é o pior para o mês em 10 anos

O desaquecimento da economia brasileira atingiu em cheio o mercado de trabalho. Apesar de a presidente Dilma Rousseff dizer que o país está no rumo certo, a geração de empregos com carteira assinada desabou em julho: sofreu queda de 77% em relação ao mesmo mês do ano passado. É o que mostram dados do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, na quarta-feira (21).

Em julho, o saldo de empregos criados foi de apenas 41.463 vagas, o pior resultado para o mês em 10 anos. Todos os setores da economia registraram retração em relação ao mesmo período de 2012.

Outro dado negativo do Caged de julho foi o fechamento de 11 mil empregos com carteira em grandes cidades brasileiras, como Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.

Os resultados são decepcionantes e sinalizam que o ilusionismo criado pelo marketing do governo federal em torno da situação econômica do país chegou ao fim, avalia o deputado Duarte Nogueira (SP), presidente do diretório do PSDB-SP. E explica: “O Caged de julho mostra o desaquecimento da atividade econômica, fruto de uma série de erros cometidos pelo governo, entre eles, o excesso de intervenção na economia, o que gera insegurança jurídica, uso politizado das agências e gastos excessivos com o aparelhamento político do Estado”, criticou Duarte.

O tucano lembra que a presidente Dilma já fez cinco lançamentos de políticas industriais, o que poderia destravar o crescimento do país, mas nenhuma teve sucesso.

Duarte Nogueira acrescenta que o governo não promoveu as reformas necessárias e agora coloca em risco as conquistas do Plano Real. “É fácil ser cozinheiro com a dispensa cheia. O difícil é manter a dispensa cheia em momentos de crise”, ironiza.

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