A gastança da Petrobras com propaganda no governo Dilma Rousseff impressiona:
foram usados R$ 547,3 milhões nos dois primeiros anos do mandato. O número foi
informado pela estatal em resposta ao requerimento do deputado Antonio Imbassahy (PSDB/BA),
líder da minoria no Congresso. Segundo o parlamentar, de janeiro a abril
deste ano, foram R$ 147,4 milhões. Para Imbassahy, nesse ritmo a empresa gastará
muito mais que em 2012: R$ 274,5 milhões. “Mais uma vez o governo federal
inverte as prioridades, destinando para a publicidade recursos que deveriam ser
aplicados no crescimento da estatal”, ressaltou o tucano.
Para Imbassahy o excesso de gastos acontece num momento crítico e de perdas sucessivas da
Petrobras no ranking das petroleiras. O constante investimento em publicidade é,
na opinião dele, uma tentativa irresponsável para mascarar a crise financeira.
Conforme apurou o jornal “O Estado de S. Paulo”, nos dez anos da gestão PT já
foram torrados R$ 16 bilhões com propaganda, em valores corrigidos pela
inflação. Dilma Rousseff gasta, em média, 23% a mais que Lula.
Em artigo recente, o deputado Nilson Leitão explica que
o montante aplicado em propaganda pelas duas gestões petistas é suficiente para
construir mais de 170 mil casas populares semelhantes às do programa Minha Casa,
Minha Vida. Com R$ 1 bilhão, o governo poderia comprar 8,5 mil mamógrafos
(aparelho essencial para a saúde pública). Cerca de 30 mulheres morrem por dia
no país vítimas de câncer de mama, segundo o parlamentar.
A volumosa quantia de R$ 16 bilhões para publicidade é maior até que o
investimento anunciado pelo governo para o programa Mais Médicos até 2014,
conforme artigo do deputado Carlos Roberto . “É dinheiro
do contribuinte sendo usado para fazer propaganda de uma gestão que não agrada.
É uma tentativa desesperada de quem busca se manter no poder a qualquer custo.
Neste caso, um custo astronômico pago pelo próprio povo”, lamentou.
A falta de credibilidade no governo vem dos gastos elevados e baixos
investimentos, acredita o deputado Vaz de Lima. Para ele,
o governo devia fazer o dever de casa. “A primeira lição seria gastar melhor,
evitar ao máximo os gastos correntes, principalmente aqueles para ajudar a
companheirada e criar instrumentos de controle para não deixar os recursos
escaparem pelos dedos”, enumerou.
Reportagem: Edjalma Borges

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