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“Percebemos claramente que nesse período não houve ampliação
de qualidade de vida das pessoas beneficiadas com transferência de renda. Se
por um lado garantiu algum tipo de subsídio de renda, isso não gerou mudança
significativa”, contestou Barbosa.
Em artigo publicado na segunda-feira (30) na “Folha de
S.Paulo”, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), aponta que
1% dos brasileiros com rendimentos mais elevados ganham 87 vezes mais do que os
10% com ganhos menores. Em 2011, a diferença era de 84 vezes, destacou o
parlamentar. O senador afirma ainda que os dados do analfabetismo surpreenderam
o país, mostrando que o governo vem menosprezando a mais poderosa alavanca de
transformação social: a educação.
Dos 13,2 milhões de analfabetos, a maioria está mora no
Nordeste. A região concentra mais da metade desse grupo. O Brasil firmou com a
Organização das Nações Unidas (ONU) acordo para reduzir a proporção de
analfabetos para 6,7% da população até 2015, mas os números indicam que a meta
dificilmente será alcançada.
Ainda de acordo com o artigo do senador, em 1990, quando o
governo tucano implantou os programas de transferência de renda, o objetivo era
dar um ponto de partida para conquistar as políticas importantes e definitivas
para as famílias cadastradas. Já o PT, ao assumir o governo, fez das
iniciativas um ponto de chegada, contentando-se em administrar a pobreza, sem
investir na superação.
Barbosa alerta para a postura do governo, que afasta a
sociedade da independência. “Vemos que as pessoas continuam com as mesmas
condições, e por isso temos uma repercussão muito grande da violência, de uma
sociedade com medo de tudo. Sem educação a transferência de renda não traz
mudança estruturante”, finalizou.
Números:
13,2 milhões - É a quantidade de analfabetos no Brasil, o
que representa 8,7% da população acima de 15 anos.
7,5 anos - É a média de escolaridade nacional, uma das mais
baixas da América Latina.
1% - Da população fatura 87 vezes mais que os cidadãos mais
pobres.
Matéria disponível em áudio: Clique aqui
Reportagem: Edjalma Borges
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