A Autarquia Municipal de Trânsito (Autran) reuniu-se com
membros da Associação Friburguense de Integração do Deficiente Visual (Afridev)
na tarde de quinta-feira, 17, na sede da associação, na Rua Augusto
Spinelli, 114. A reunião teve como principal objetivo ouvir as solicitações
feitas pelos deficientes visuais de Nova Friburgo. Entre os principais pedidos
estão à implantação de botoeiras sonoras para semáforos, que a Autran já
adquiriu, e a colocação de chão tátil.
”Esse primeiro encontro foi muito importante porque
aprendemos muitas coisas com eles. As pessoas que enxergam normalmente não
percebem a necessidade daqueles que efetivamente tem a deficiência visual. A
Prefeitura de Nova Friburgo está sensibilizada com essa situação e vamos em
frente, esse foi só o primeiro passo”, revelou o Gerente Geral da Autran, Cel.
Claudecir Ribeiro.
Com as botoeiras sonoras para semáforos já compradas, a
Autran, agora, espera uma próxima reunião com os membros para definir os locais
e como serão instaladas. De acordo com o Cel. Claudecir Ribeiro, o que cabe à
Autran será realizado para os deficientes visuais, as demais demandas serão
executadas em parceria com as demais secretarias.
“A Autran já adquiriu dois pares de botoeiras para serem
instalados em locais escolhidos por eles próprios. Esses locais, então, serão
sinalizados, balizados por piso tátil. Para isso estamos fazendo uma parceria
com a Secretaria de Obras em função de viabilizar esse trajeto. A Prefeitura de
Nova Friburgo está sensibilizada com essa situação e vamos em frente, esse foi
só o primeiro passo: adquirimos o equipamento, agora vamos tratar do piso
tátil. Tenho certeza que conseguiremos chegar aonde queremos”, disse o gerente
geral da Autran.
Porém as dificuldades encontradas pelos deficientes visuais
vão muito além do piso tátil e das botoeiras sonoras. Hendrik Bosh, associado
desde 2007, cita pequenos gestos que poderiam facilitar, e muito, a vida dos
deficientes visuais em qualquer lugar do país.
“Em questão de locomoção para nós deficientes, ajudaria
muito se as pessoas falassem com a gente. Nós somos deficientes visuais, não
auditivos. Se no ônibus houvesse um alto-falante para quando estivesse próximo
ao ponto, avisar que o ônibus está se aproximando, em que ponto está chegando,
nos ajudaria muito. E também gostaríamos de pedir aos lojistas para não expor
seus produtos nas calçadas, pois isso nos causa problemas e, também, colocar
tarjas nas portas de vidro, esses pequenos detalhes já ajudariam muito,
principalmente para quem tem baixa visão como eu”, relatou Hendrik.
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