Os investimentos da Secretaria Estadual de Agricultura e
Pecuária para fomentar a floricultura já podem ser comprovados em diversas
regiões fluminenses. Na Serra, por exemplo, o trabalho sistemático de
assistência técnica desenvolvido pela Emater-Rio, associado à concessão de
crédito através do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar) e do programa Florescer, vem permitindo a modernização das estruturas
de cultivo.
Petrópolis, segundo a Emater-Rio, é a terceira maior
produtora de flores de corte do Estado, com área de produção equivalente a 170
hectares e 72 produtores. Um deles é Luiz Fernando Fraga Martins, da localidade
Santa Mônica, no distrito de Itaipava. Ele cultiva mais de 100 variedades de
ciclo anual e, nos últimos cinco anos, concentrou seus investimentos em flores
de campo, 20 famílias de orquídeas e flores tropicais. Com produção média
semanal de 30 vasos de orquídeas, atua com venda direta para hotéis, pousadas,
restaurantes, lojas e clubes da cidade imperial. “Com o crédito rural, pude
melhorar o sistema de irrigação, construir novas estufas e adquirir um veículo
para transportar as flores. Tudo isso ajudou a modernizar minha lavoura”,
explicou Luiz Fernando, cuja família atua no ramo há 50 anos.
Outro floricultor que comemora bons resultados é Joaquim
Gonçalves da Costa, do bairro Caxambu. Ele produz mais de 12 variedades de
flores de corte, tanto em estufas, quanto em campo aberto. Toda a produção
atende ao próprio município e é também escoada para o Cadeg, o Mercado
Municipal do Rio de Janeiro. Através de crédito financeiro adquirido pelo
Pronaf, investiu na construção de estufas e na aquisição de novas cultivares de
copo de leite para ampliar a diversidade genética da lavoura. “Minha família trabalha
com flores há mais de 60 anos. Aprendi tudo com meu pai e, hoje, meus filhos
também me ajudam”, conta Joaquim, que ainda divide sua rotina com trabalhos
comunitários.
Atualmente, em todo o território fluminense, 683 produtores
produzem flores e plantas ornamentais em 950 hectares, com a geração de 17,6
mil empregos na cadeia produtiva, segundo dados do Ibraflor (Instituto
Brasileiro de Floricultura). O mesmo levantamento aponta que o setor foi
responsável pela movimentação de R$ 470 milhões em 2012, valor 63% superior ao
índice do ano anterior. Na opinião do extensionista rural da Emater-Rio, José
Kleber Rayol, os números positivos da floricultura refletem o empenho pessoal
das famílias de produtores e o trabalho continuado de assistência técnica desenvolvidos
pelas empresas públicas de pesquisa e extensão rural do Estado.
Incentivo à produção
A Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, através do
programa Florescer, estimula o desenvolvimento da cadeia produtiva de flores,
de plantas ornamentais e medicinais. Com assistência técnica e concessão de
financiamento (limitado a R$ 50 mil por
beneficiário, com juros de 2% ao ano), o Florescer é voltado para a
implementação de novas tecnologias de produção, profissionalização e
capacitação do setor produtivo e comercial, visando alcançar competitividade
nos mercados interno e externo.
Já o programa Rio Rural sugere a adoção de mais de 30
práticas que visam o desenvolvimento sustentável da floricultura, como controle
biológico de pragas e doenças, adubação verde, estufas para cultivo, entre
outras. Para tornar-se beneficiário de um dos dois programas, o interessado
deve procurar o escritório local da Emater-Rio.
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