A Secretaria de Saúde de Cordeiro iniciou no dia 10 de
março campanha de vacinação contra o HPV (vírus do papiloma humano) para
meninas com idade entre 11 e 13 anos, que será estendida até o dia 10 de abril.
A campanha está sendo divulgada nas escolas, mas as informações sobre a vacina
também podem ser obtidas nas Unidades de Saúde da Família (USF) ou no Centro de
Saúde do Bairro Rodolfo Gonçalves, anexo à secretaria.
De acordo com o secretário de Saúde, Márcio Barbas, o
Ministério da Saúde recomenda que a primeira dose (de um total de três) seja
aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia. A vacina –
que passa a integrar o calendário nacional - também estará disponível na rede
pública de saúde durante todo o ano. A segunda dose será aplicada com intervalo
de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.
As instituições de ensino devem informar, com antecedência,
aos pais ou responsáveis a data de vacinação. Os pais ou responsáveis que não
quiserem que a adolescente seja vacinada deverão preencher e enviar à escola o
termo de recusa. É importante que a adolescente apresente a caderneta de
vacinação. Para assegurar a aplicação das três doses, o serviço de saúde vai
registrar cada adolescente imunizada, monitorar a cobertura vacinal e realizar,
se necessário, a busca ativa das meninas.
A primeira escola em Cordeiro a receber a vacinação foi a
Escola Municipal Rita Cabral, no bairro Manancial, no dia 10 de março. Cada
Unidade de Saúde da Família possui um calendário para aplicar a vacina nas
escolas sob sua área de atuação. Qualquer dúvida os pais ou responsáveis podem
entrar em contato com a unidade que atende o seu bairro.
O secretário de Saúde informa que há doses suficientes para
as meninas do município incluídas na faixa etária em questão. “Como forma de
prevenção, também é importante que mulheres entre 25 e 64 anos façam os exames
preventivos periodicamente”, acrescenta Márcio Barbas.
Conheça melhor o HPV
O vírus do papiloma humano infecta os queratinócitos da pele
ou mucosas, e possui mais de 200 variações diferentes. A maioria dos subtipos
está associada a lesões benignas, tais como verrugas, mas certos tipos são
frequentemente encontrados em determinadas neoplasias como o cancro do colo do
útero, do qual se estima que sejam responsáveis por mais de 90% de todos os
casos verificados.
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual,
sendo a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente. Estima-se que 25
a 50% da população feminina mundial esteja infectada, e que 75% das mulheres
contraiam a infecção durante algum período das suas vidas. A maioria das
situações não apresenta sintomas clínicos, mas algumas desenvolverão alterações
que podem evoluir para cancro. O exame de rastreio para diagnóstico destas
alterações é a citologia cervical ou Papanicolau. A infecção também pode
ocorrer no homem e, embora as manifestações clínicas sejam menos frequentes do
que na mulher, estima-se que 50% da população masculina esteja infectada pelo
vírus.

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