A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou na
quarta-feira (12) requerimentos de convocação ao ministro-chefe da Secretaria
Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Ele terá que se
manifestar sobre o teor da entrevista que Romeu Tuma Júnior concedeu à revista
“Veja” sobre livro com várias denúncias envolvendo petistas.
Um dos pedidos de convocação tem como autores os deputados
Otavio Leite (RJ), Carlos Sampaio (SP) e Nilson Leitão (MT). A proposta foi
aprovada em conjunto com outro pedido com mesmo teor apresentado pelos
deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Alexandre Leite (DEM-SP).
A revista noticiou o lançamento do livro “Assassinato de
Reputações – Um Crime de Estado”, no qual Tuma Júnior aponta um suposto esquema
de corrupção na prefeitura de Santo André, pelo qual Carvalho recolheria
dinheiro e o entregaria a José Dirceu para alimentar os cofres do PT. Tuma
Júnior foi titular da Secretaria Nacional de Justiça por três anos e afirma que
o órgão funcionava como uma fábrica de dossiês contra adversários petistas.
O governador de Goiás, Marconi Perillo; o ex-senador Tasso
Jereissati (CE) e até mesmo a falecida ex-primeira-dama Ruth Cardoso estariam
entre as vítimas do esquema. Tuma Junior diz ter se tornado vítima do mesmo
esquema por não concordar com as ordens que geralmente vinham do Ministério da
Justiça, da Casa Civil e do próprio Palácio do Planalto.
Os deputados também tiveram pedido de convite aprovado para
que o próprio Romeu Tuma Junior compareça ao colegiado e preste explicações. Os
parlamentares querem ouvi-lo ainda sobre declarações contidas no livro e
relatadas pela revista de que “as denúncias de cartel relacionadas ao metrô e
de São Paulo não consistem em fato isolado, mas teria ligação com as práticas
do PT contra adversários políticos”.
Na mesma sessão em que aprovou os pedidos para que Carvalho
esclareça as acusações de Tuma Junior, a Comissão de Segurança acatou a
convocação do ministro apresentada pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) para
prestar esclarecimentos sobre declarações em que acusou a PMDF de ação
truculenta durante conflito com manifestantes do MST.

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