Estudo do Sistema FIRJAN considera novo sistema de bandeiras
tarifárias, manutenção do nível dos reservatórios e do acionamento térmico
O custo da energia elétrica para a indústria brasileira
poderá chegar a R$ 459,20 por MWh ao final de 2015 e R$ 493,50 por MWh ao final
de 2016. Os dados são do estudo “Quanto custará a energia elétrica para a
indústria no Brasil?”, divulgado na segunda-feira, dia 15, pelo Sistema
FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).
Além dos fatores que compõem o custo, o cálculo inclui os
valores aportados às distribuidoras, que totalizaram R$ 51,5 bilhões, dos quais
R$ 29,5 bilhões serão repassados aos consumidores finais a partir de 2015; e o
valor da bandeira vermelha de R$ 40,98 por MWh, incluindo os tributos.
A FIRJAN considera quatro premissas para o custo médio da
energia: nível dos reservatórios com recuperação apenas em 2017, quando voltará
a um nível médio histórico; acionamento térmico em 2015 e 2016 seguirá o perfil
de 2014; inserção das fontes mais baratas na matriz conforme definido pelo
Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE/EPE; bandeira tarifária vermelha
durante o ano de 2015 e 2016 devido ao alto despacho térmico.
Para garantir a competitividade da indústria nacional, a
FIRJAN sugere no estudo a isenção, para a indústria, da cobrança de tributos
sobre o aditivo tarifário trazido pelos aportes e empréstimos. Assim, o custo
médio da energia para a indústria seria de R$ 447,60 por MWh em 2015 e de R$
477,30 por MWh em 2016.
O gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da
Federação, Cristiano Prado, ressalta a importância de medidas que diminuam o
custo para as indústrias. “A situação do país no cenário internacional é
preocupante. As indústrias não conseguem mais suportar um aumento de preço em
um de seus insumos mais importantes como está ocorrendo”, destaca Prado.
Desde de janeiro de 2013, quando o governo federal concedeu
desconto às distribuidoras, o custo da energia para a indústria aumentou quase
90%. Hoje, o custo é de R$ 360,70 por MWh e o país ocupa a 8ª posição mais cara
em ranking internacional que contempla 28 países - atrás de Índia, Itália,
Cingapura, Colômbia, República Tcheca, Turquia e El Salvador, que possuem os
custos mais altos. Desde o início do ano de 2014, o custo já aumentou em 23%.
A FIRJAN acompanha desde 2010, em detalhes, o cenário
energético no Brasil e no mundo. A análise da energia elétrica pode ser
consultada através do site www.firjan.org.br/quantocusta. Na plataforma, é
possível obter comparações internacionais, recortes estaduais e informações por
distribuidoras, que são atualizadas imediatamente a cada reajuste de tarifa.
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O estudo “Quanto custará a energia elétrica para a indústria
no Brasil?” pode ser acessado AQUI
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