quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Moradores de rua lavam roupa na Fonte do Suspiro, em Friburgo

Foto: Antônio J. Miranda
Fotos tiradas no mês de janeiro e divulgadas nesta quarta-feira (25) por moradores da Praça do Suspiro, em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, mostram um grupo de pessoas que está morando em um terreno do local. O grupo utiliza a Fonte do Suspiro, reinaugurada em dezembro do ano passado, para tomar banho e lavar roupas. O problema preocupa quem passa por um dos principais pontos turísticos da cidade, que atrai visitantes para o Teleférico, Teatro Municipal e à Igreja de Santo Antônio.

De acordo com Antônio José Monerat Miranda, morador da Praça do Suspiro, esses moradores de rua abordam estudantes, idosos e pedem dinheiro. “Eles não são mendigos. É um grupo com cerca de 20 pessoas. Às vezes eles somem por alguns dias, depois voltam. É um absurdo”, disse.

De acordo com o tenente-coronel Carlos Hespanha, comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar, o policiamento de rotina é feito diariamente no local. Ele afirmou que a PM não vai se omitir em caso de crimes no local, mas não há como impedir essas pessoas de pedirem dinheiro, por exemplo.

A reportagem do G1, que realizou esta matéria, entrou em contato com a prefeitura que, em nota, esclareceu:

. A Secretaria de Assistência Social percorre este e outros locais da cidade diariamente tentando convencer essas pessoas a receber ajuda para voltar para suas casas e cidades de origem.

. A prefeitura informou que tem um programa de reinserção, internação e de retorno aos seus locais de origem, “mas o trabalho de convencê-los a receber ajuda é diário e longo, pois cumpre lembrar que o direito de ir e vir está garantindo pela Constituição e não se pode usar a força para tirar essas pessoas das ruas”.

. A Secretaria de Assistência Social disse que essas pessoas, atualmente, encontram-se na qualidade de friburguenses, mesmo se forem de outras cidades, pois são alvo de ações conjuntas com outras secretarias municipais e têm acesso à rede de proteção e garantia de direitos. “A Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Trabalho não recambia - recambiar é termo técnico usado para retornar as pessoas para os seus municípios de origem - a não ser estritamente dentro das normas técnicas definidas para este procedimento”, revelou trecho da nota.

Informações do Portal G1

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