segunda-feira, 20 de abril de 2015

Má gerência abriu caminho à corrupção nas obras de construção do Comperj. Itaboraí vive colapso financeiro

Há cinco anos eram 29 mil pessoas construindo um polo petroquímico, numa área 44 vezes maior que o Aterro do Flamengo. O projeto sucumbiu na voragem da má gerência combinada à corrupção. Restam menos de cinco mil operários no Comperj, em Itaboraí, que fazem manutenção da obra paralisada de uma refinaria, que já é um dos mais caros empreendimentos da indústria mundial de petróleo e deverá ser recordista em prejuízos por longo tempo.

Com 82% das obras concluídas e sem prazo para começar a refinar o petróleo do pré-sal, a Petrobras comprometeu US$ 21,6 bilhões no Comperj.  

Mês passado, a companhia expôs ao TCU a dimensão do seu drama em Itaboraí. Retomar a refinaria, com a perspectiva de inaugurá-la em três anos, resultaria num prejuízo de US$ 14,3 bilhões. Desistir e abandonar esse projeto significaria um custo maior, cujo cálculo começa na impossibilidade de recuperar US$ 17 bilhões do investimento já realizado.

O que aconteceu? Atrás de respostas, equipes da Petrobras e do TCU atravessaram 2014 revisando métodos gerenciais e contas do Comperj. E a conclusão foi que “problemas de planejamento e de coordenação” podem ter facilitado a corrupção.

A má gerência fermentou a corrupção no Comperj, deixando um rastro de desemprego e destruição de riqueza em Itaboraí. A visão do estoque imobiliário encalhado, com shopping centers e mais de três mil imóveis vazios, dissemina perplexidade entre sindicalistas, corretores, desempregados e empresários


Com informações do jornal O Globo e vídeo do Jornal do Brasil

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