quarta-feira, 10 de junho de 2015

SESI Nova Friburgo comemora Dia da Língua Portuguesa com Cubo de Histórias

Nascida na cidade pelas mãos da professora e artista plástica Sandra Sicuro, a ferramenta lúdica feita de artesanato ganhou versão industrial e está sendo distribuída para todas as Escolas SESI do Rio de Janeiro

Os alunos da Escola SESI Nova Friburgo comemoram o Dia da Língua Portuguesa sempre, na rotina de sala de aula, desde que ganharam uma ferramenta criativa e lúdica que tem como objetivo dinamizar o ofício de ensinar. O dia 10 de junho, data em homenagem a “Última Flor do Lácio”, como foi chamado nosso idioma pelo poeta Olavo Bilac, foi escolhida por ser o dia da morte do também poeta Luiz de Camões, um dos maiores de todos. Mas os pequenos, que mal conhecem o fatídico motivo da escolha da data, como é que começam a aprender nossa língua? Dizem que quem conta um conto, aumenta um ponto, mas foi com muitos pontos de costura que a professora Sandra Sicuro, do SESI, criou o Cubo de Histórias para tornar ainda mais prazeroso o ensino e a aprendizagem do quinto idioma mais falado do mundo, segundo a ONU.

A professora desvenda: “a ideia de criar o cubo surgiu quando eu contava uma história para uma turma e surgiu a dificuldade de segurar o livro e virar as páginas ao mesmo tempo. Quando contamos uma história para crianças, todas elas querem ver as ilustrações. Imaginei que com o cubo isso seria bem mais prático. Seria um suporte mais fácil de ser manuseado e ao mesmo tempo seria lúdico”. Sandra Sicuro, que é designer gráfica e professora de artes, trabalha com crianças e adolescentes desde 2000 e integra a equipe da Escola SESI desde 2004. De forma artesanal, a partir de costura, colagem e reaproveitamento de materiais, ela criou o Cubo de Histórias. “Quando levei a peça em sala de aula, a reação das crianças foi surpreendente. Todos queriam participar e pegar o cubo”, conta.

Forma e cor proporcionam uma experiência sensorial nos pequenos que já está repercutindo no trabalho de sala de aula de colegas de Sandra como a professora Flávia Ferreira, que ensina a crianças de 3 anos. “A gente leva a língua portuguesa até eles através da leitura de imagens. Eu escrevi uma história baseada em um conto africano, e estou desenhando no Cubo para que as crianças possam interagir com essas imagens, despertando ainda mais a criatividade”, explica Flávia, que diz que a ferramenta tornou a contação de histórias ainda mais prazerosa, pois afinal é como se eles tivessem um brinquedo nas mãos para contar suas próprias versões das fábulas uns para os outros.


Em 2012, a professora Sandra inscreveu o projeto no Programa Atitude Inovadora e conquistou o primeiro lugar na modalidade Equipe Educação Básica – 2ª etapa da categoria Brinquedos. Dois anos depois, o projeto foi selecionado para incorporação nas Escolas SESI do Rio, recebendo investimentos e apoio técnico de especialistas de diferentes áreas do Sistema FIRJAN.

Agora, após aprimoramento do projeto e produção das peças, 50 cubos serão entregues nas Escolas SESI para utilização nas salas de aula. Na versão final, cada face é formada por encartes plásticos que recebem as partes impressas de uma das cinco histórias que acompanham o Cubo. Outras, porém, poderão ser criadas nas próprias escolas, como fez a professora Flávia, estimulando o gosto pela leitura e a criatividade entre os alunos.

 A participação das Escolas SESI no Atitude Inovadora foi muito gratificante e oportunizou novas práticas e projetos inovadores, como o Cubo Mágico. Além de valorizar boas ideias e atitudes de professores e alunos, o programa incentivou a colaboração e a investigação e ajudou a estabelecer conexões e soluções de problemas, gerando impactos significativos na aprendizagem”, finaliza Hozana Cavalcante, gerente de Educação Básica do SESI Rio.

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