domingo, 30 de agosto de 2015

Deputado cobra mais atenção aos desafios enfrentados pelos portadores de Parkinson

O deputado Eduardo Barbosa (PSDB/MG) presidiu, na quinta-feira (27), audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família a seu pedido. O debate levantou questões relacionadas ao dia a dia dos portadores da doença de Parkinson. Na opinião do parlamentar, a situação está muito mais próxima do cotidiano do que se imagina e a discussão foi primordial para apontar caminhos visando enfrentar os desafios relacionados ao tema.

Nós precisamos valorizar essas questões e criar caminhos que deem mais qualidade de vida, conforto e segurança. Não só para aqueles que hoje vivenciam a doença, mas para futuras gerações que enfrentarão situações semelhantes”, alertou. Segundo o tucano, um tema que merece destaque é a questão do cuidador. Conforme apontou, há projetos na Casa que buscam regulamentar a profissão e criar opções de financiamento para os que necessitem desses profissionais.

Participaram do debate os representantes da Academia Brasileira de Neurologia, Nasser Allan; da Associação Brasil Parkinson – São Paulo, Samuel Grossmann; da Associação Brasil Parkinson – Rio Grande do Sul, General Milton Ferraz Henemmam; e da Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo, Ana Maria Zaguini Bernardes.

De acordo com Nasser Allan, um ponto que merece destaque é a legislação que trata da isenção de impostos e de certos benefícios no imposto de renda. Segundo o representante da ABN, elas necessitam ser reformuladas por discriminarem uma série de patologias degenerativas semelhantes ao Parkinson e a demências.

Elas não estão contempladas hoje e fazem com que os pacientes vivam um calvário para conseguir se enquadrar dentro da atual legislação”, afirmou. De acordo com Eduardo Barbosa, sempre que se tenta incluir alguma patologia é necessário antes travar uma luta com os ministérios da Fazenda e do Planejamento.

NÚMEROS

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há no mundo cerca de 4,7 milhões de pessoas portadoras da doença de Parkinson. No Brasil, estima-se que essa população esteja em torno de 300 mil pacientes. A doença atinge principalmente a terceira idade e afeta diretamente as famílias dos seus portadores pelos cuidados especiais indispensáveis aos parkinsonianos.

O tratamento da doença necessita, além dos médicos e dos indispensáveis medicamentos, da ação de outros profissionais, como: psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, professores de artes e de práticas de atividades físicas e esportivas, além dos que atuam nos segmentos do convívio social e de apoio a famílias fragilizadas.

Reportagem: Thábata Manhiça

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