O mês de agosto não será fácil para o governo da presidente
Dilma. A petista terá que enfrentar duros embates com a sociedade e o Congresso
Nacional. Deputados do PSDB destacaram na segunda-feira (3) que, além do
avanço nas investigações da Operação Lava Jato, novas CPIs – como a do BNDES – irão tirar o sono da petista. Ainda neste
mês será concluída a apreciação das contas do governo pelo Tribunal de Contas
da União (TCU) e está marcada uma grande manifestação para o dia 16, quando
milhares de brasileiros devem voltar às ruas para protestar contra Dilma.
CERCO SE FECHA – Neste ano, o clima é angustiante,
especialmente para Dilma, que vê o cerco se fechando contra ela. Fora a
abertura de novas CPIs que podem abalar ainda mais a gestão da petista, o
Congresso pode aprovar medidas que a contrariam.
“Existe um estigma de que agosto é o mês do desgosto. O fato
é que será um mês turbulento em virtude de todas essas matérias que nós iremos
analisar e de tudo que está acontecendo”, avalia Raimundo Matos, ao discordar
de que exista uma “pauta-bomba” preparada no Congresso. Segundo ele, a bomba
quem armou foi a própria Dilma com uma gestão incompetente e conivente com a
corrupção.
O tucano afirma que o Parlamento terá que dar a resposta
exigida pela população. “Neste mês de agosto existe a necessidade de nós nos
mobilizarmos para passar o Brasil a limpo”, disse. Em sua opinião, as novas
investigações devem complicar ainda mais a situação do governo. O tucano
acredita que o TCU vai reprovar as contas. “Houve uma irresponsabilidade no
momento em que ela não cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, com as
pedaladas fiscais. Então, se existem culpados, todos têm que pagar”, alertou.
Em entrevista ao jornal “O Tempo”, o deputado Paulo
Abi-Ackel disse acreditar que a temperatura na Câmara vai subir. “É
imprevisível o que pode acontecer, mas a única certeza que tenho é que teremos
um período de grande turbulência política”, afirma o tucano, citando os
processos de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a análise do TCU.
Para o deputado Luiz Carlos Hauly, mais complicada que
a situação de Dilma está a dos cidadãos, prejudicados pelo ajuste fiscal, a
inflação e o desemprego. “Para o povo brasileiro o mês de agosto está de
ponta-cabeça, um mês dos mais difíceis da história. Dizem que é o mês do
cachorro louco e acho que é isso mesmo”, afirmou.
Na avaliação do tucano, a presidente da República enfrenta
tantas dificuldades por causa de sua própria incompetência e dos erros
iniciados ainda com o presidente Lula. “Ela é a responsável pelo empobrecimento
do povo e por roubar a esperança de crescimento do país. Hoje não vejo saída
para a presidente Dilma. Para continuar no cargo ela teria que tomar medidas
radicais, inclusive romper com o seu partido, mas não fez isso e nem vai
fazer”, concluiu o tucano.
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Reportagem: Djan Moreno
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