sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Prefeitura de Nova Friburgo segue com trabalhos para evitar pontos de alagamento na cidade

Plano Diretor prevê criação de um fundo para obras de desenvolvimento urbano com abertura de novas galerias

A Prefeitura de Nova Friburgo, através da secretaria de Serviços Públicos, continua trabalhando intensamente para evitar pontos de alagamentos na cidade. De acordo com o secretário Alan de Almeida, os pontos críticos recebem atenção especial, equipes ficam de prontidão para emergências e o trabalho preventivo segue a todo vapor.

Com a experiência de 3 anos que temos à frente da secretaria, nós já sabemos que as chuvas começam em outubro, portanto, começamos uma limpeza geral em todos os bueiros da cidade. Tiramos as tampas, limpamos a caixa, colocamos o va-call para puxar alguma coisa que tenha dentro e jogamos água com pressão para limpar. Quando há uma chuva muito forte, verificamos durante a chuva os bueiros que não estão dando vazão e, após a chuva, verificamos qual a situação deles, se entupiram, se foram obstruídos por lixo ou entulho e os limpamos. Nós trabalhamos de 7h as 16h, mas por ordem do Prefeito Rogério Cabral, estamos disponibilizando também uma equipe, com 15 pessoas, de 16h as 20h, com dois caminhões caçamba, dois carros de apoio, duas vans para transportar os funcionários, uma máquina, um va-call e um caminhão pipa. Todos os dias eles estão no pátio da prefeitura, abastecidos com combustível e com água, para que, caso ocorra uma emergência, possam atuar”, explicou o secretário de Serviços Públicos, Alan de Almeida.

Os pontos críticos definidos pela Prefeitura são no Suspiro – próximo ao posto de saúde Sylvio Henrique Braune; as ruas Almirante Barroso, Carlos Éboli e Sete de Setembro – junto à rodoviária urbana; além das ruas Farinha Filho e Duque de Caxias. Mas como explicou o secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, o problema é antigo e complexo.

A questão da drenagem urbana é uma questão vital para quem ocupa o espaço urbano e também uma questão muito complexa e difícil de resolver rápido. No eixo central, no vale do Rio Cônego e Rio Bengalas, que vai do Cônego a Conselheiro Paulino, a cidade já ocupou espaço, 80% da população de Nova Friburgo vive nesse trecho. Toda água de chuva tem que escoar para o canal, mas ela não consegue chegar ao canal, isso, hoje, é agravado pois as galerias são subdimensionadas para a nossa realidade”.

Além das dificuldades estruturais de escoamento, Friburgo, nas últimas semanas, tem sofrido com chuvas fortes, ou seja, mais de 25mm por hora, o que, de acordo com a Defesa Civil, ultrapassa o considerado normal/moderado, que seria de 20mm em 24h. Dentre galerias antigas e pequenas para as necessidades atuais, outro fator determinante que dificulta a vazão de água nos pontos críticos, é o excesso de lixo jogado nas ruas, como afirmou o Alan de Almeida.

Nas primeiras chuvas encontramos muito pedaço de madeira/galhos, garrafa pet, guarda-chuvas, copo de liquidificador, isso porque a população não embala muito bem o lixo, o coloca em qualquer tipo de sacola e fora do horário de coleta, além de jogar no chão. Nas chuvas seguintes, a quantidade de lixo e entulho diminui um pouco”, revelou o secretário de Serviços Públicos.

Os problemas encontrados atualmente são antigos, porém caros para serem solucionados em curto prazo. Mas pensando em todas as dificuldades, principalmente financeiras, na elaboração do Plano Diretor de Nova Friburgo, a secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável elaborou a criação de um fundo voltado para investimentos em desenvolvimento urbano.


No nosso plano diretor, com a criação e regulamentação da outorga no âmbito do direito de construir, vamos ter recursos no fundo de desenvolvimento urbano para que nos próximos anos, os próximos prefeitos possam, efetivamente, agir e construir novas galerias para que a gente tenha mais pontos de absorção da água pluvial e mais controle da erosão, para que a gente tenha mais capacidade de vazão, tanto nas galerias, quanto nos nossos rios”, enfatizou o secretário do Meio Ambiente, Ivison Macedo.

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