Plano Diretor prevê criação de um fundo para obras de
desenvolvimento urbano com abertura de novas galerias
A Prefeitura de Nova Friburgo, através da secretaria de
Serviços Públicos, continua trabalhando intensamente para evitar pontos de
alagamentos na cidade. De acordo com o secretário Alan de Almeida, os pontos
críticos recebem atenção especial, equipes ficam de prontidão para emergências
e o trabalho preventivo segue a todo vapor.
“Com a experiência de 3 anos que temos à frente da
secretaria, nós já sabemos que as chuvas começam em outubro, portanto,
começamos uma limpeza geral em todos os bueiros da cidade. Tiramos as tampas,
limpamos a caixa, colocamos o va-call para puxar alguma coisa que tenha dentro
e jogamos água com pressão para limpar. Quando há uma chuva muito forte,
verificamos durante a chuva os bueiros que não estão dando vazão e, após a
chuva, verificamos qual a situação deles, se entupiram, se foram obstruídos por
lixo ou entulho e os limpamos. Nós trabalhamos de 7h as 16h, mas por ordem do
Prefeito Rogério Cabral, estamos disponibilizando também uma equipe, com 15
pessoas, de 16h as 20h, com dois caminhões caçamba, dois carros de apoio, duas
vans para transportar os funcionários, uma máquina, um va-call e um caminhão
pipa. Todos os dias eles estão no pátio da prefeitura, abastecidos com
combustível e com água, para que, caso ocorra uma emergência, possam atuar”,
explicou o secretário de Serviços Públicos, Alan de Almeida.
Os pontos críticos definidos pela Prefeitura são no Suspiro
– próximo ao posto de saúde Sylvio Henrique Braune; as ruas Almirante Barroso,
Carlos Éboli e Sete de Setembro – junto à rodoviária urbana; além das ruas
Farinha Filho e Duque de Caxias. Mas como explicou o secretário do Meio
Ambiente e Desenvolvimento Urbano, o problema é antigo e complexo.
“A questão da drenagem urbana é uma questão vital para quem
ocupa o espaço urbano e também uma questão muito complexa e difícil de resolver
rápido. No eixo central, no vale do Rio Cônego e Rio Bengalas, que vai do
Cônego a Conselheiro Paulino, a cidade já ocupou espaço, 80% da população de
Nova Friburgo vive nesse trecho. Toda água de chuva tem que escoar para o
canal, mas ela não consegue chegar ao canal, isso, hoje, é agravado pois as
galerias são subdimensionadas para a nossa realidade”.
Além das dificuldades estruturais de escoamento, Friburgo,
nas últimas semanas, tem sofrido com chuvas fortes, ou seja, mais de 25mm por
hora, o que, de acordo com a Defesa Civil, ultrapassa o considerado
normal/moderado, que seria de 20mm em 24h. Dentre galerias antigas e pequenas
para as necessidades atuais, outro fator determinante que dificulta a vazão de
água nos pontos críticos, é o excesso de lixo jogado nas ruas, como afirmou o
Alan de Almeida.
“Nas primeiras chuvas encontramos muito pedaço de
madeira/galhos, garrafa pet, guarda-chuvas, copo de liquidificador, isso porque
a população não embala muito bem o lixo, o coloca em qualquer tipo de sacola e
fora do horário de coleta, além de jogar no chão. Nas chuvas seguintes, a
quantidade de lixo e entulho diminui um pouco”, revelou o secretário de
Serviços Públicos.
Os problemas encontrados atualmente são antigos, porém caros
para serem solucionados em curto prazo. Mas pensando em todas as dificuldades,
principalmente financeiras, na elaboração do Plano Diretor de Nova Friburgo, a
secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável elaborou a criação de
um fundo voltado para investimentos em desenvolvimento urbano.
“No nosso plano diretor, com a criação e regulamentação da
outorga no âmbito do direito de construir, vamos ter recursos no fundo de
desenvolvimento urbano para que nos próximos anos, os próximos prefeitos
possam, efetivamente, agir e construir novas galerias para que a gente tenha
mais pontos de absorção da água pluvial e mais controle da erosão, para que a
gente tenha mais capacidade de vazão, tanto nas galerias, quanto nos nossos
rios”, enfatizou o secretário do Meio Ambiente, Ivison Macedo.
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