Em seu novo artigo, o advogado Marcos Espínola aborda sobre a confusão que se
transformou a justiça brasileira e alerta para os diversos casos de corrupção que a política
brasileira passa
O que estamos assistindo em Brasília é um dos piores
episódios que já se viu no Brasil pós-democracia. Não se trata de quem está
certo ou errado, mas como tudo está sendo conduzido. Um desrespeito ao povo que, atônito, assiste ao caos, sofrendo o impacto direto da falta de gestão, sem
saúde, emprego, educação etc. Uma recessão sem data para acabar. Aqueles
eleitos de forma democrática agem na contramão do bem coletivo, tomando
decisões legais, porém imorais, fruto de excessos de manobras na disputa do
poder.
Escolhidos para trabalhar pelo crescimento e melhorias
necessárias, em verdade, atrasam o país. O ano de 2015 não existiu. A
presidência da república não conseguiu trabalhar e o país ficou paralisado numa
guerra institucional, cuja ética já foi deixada de lado há muito tempo. Não se
governa um país com base em esquemas e corrupção. Também não se faz oposição
impedindo a governabilidade, buscando o tumulto e a desorganização.
Num estado democrático de direito quando se fere a lei se
fere a democracia. Nesses casos a política deve ficar de lado e a análise
técnica deve ser respeitada. Se houveram erros, fraudes, descumprimentos de
leis ou crimes que o judiciário avalie e proceda de forma legal, independente
de cargos, partidos ou influências. Simples assim. O grande erro no Brasil é a
politização excessiva em todas as áreas, as brechas nas leis e a falta de
seriedade de muitos que, ao invés de utilizar o voto de confiança depositado
pelo povo em busca de soluções, fazem disso uma oportunidade para benefícios
próprios ou de grupos restritos.
Ninguém aguenta mais. É preciso bom senso porque o que está
em jogo é toda uma nação. A falta de racionalidade traz cada vez mais prejuízos
ao país e o efeito cascata é inevitável. A crise política e a grave situação
econômica são altamente nocivas. A grande massa popular está ficando acuada,
sem poder de compra, frustrada, amargando o desemprego, a inadimplênciae a
inflação crescente.
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