O problema das contas públicas do estado do Rio de Janeiro é
estrutural e semelhante ao enfrentado pelo governo federal. Está relacionado ao
elevado comprometimento dos orçamentos com gastos obrigatórios (especialmente
pessoal ativo e inativo), o que em momentos de queda da receita se traduz em
elevados deficits. Na essência, atacá-lo significa adotar medidas que resolvam
de forma permanente o desequilíbrio entre receitas e gastos.
Criar um fundo que reduz incentivos fiscais, como propõe o
Projeto de Lei 2008/2016, do Governo do Estado, prejudica uma política que
resultou em alta da arrecadação e criação de empregos no estado do Rio. E não
será a solução para fechar as contas de 2016, muito menos dos próximos anos.
Pelo contrário. A aprovação do PL, sobretudo por ser a primeira iniciativa
entre os estados do Sudeste, reduzirá ainda mais a competitividade da segunda
maior economia do país, hoje já em uma combalida oitava posição no ranking de
ambiente de negócios. Vai gerar insegurança jurídica, lançando uma pá de cal na
confiança dos empresários fluminenses, que estão mais pessimistas com a
economia do Estado do que em relação à economia brasileira, segundo o mais
recente levantamento do Sistema FIRJAN. O resultado será menos investimentos,
menos negócios, menos emprego e, consequentemente, menos arrecadação.
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