Estudo do Sistema FIRJAN aponta que 40,4 mil pessoas gastam,
em média, 1h58 no trajeto de ida e volta para o trabalho
O tempo gasto pelos trabalhadores do Centro-Norte Fluminense
no trajeto casa-trabalho-casa gera um prejuízo de R$ 166 milhões. De acordo com
estudo divulgado na segunda-feira, dia 12, pelo Sistema FIRJAN, esse é o
custo dos deslocamentos de 40,4 mil moradores da região que levam mais de 30
minutos no trajeto de ida e volta para o trabalho, a chamada produção
sacrificada. Em média, cada um gasta 1 hora e 58 minutos por dia (1h58).
O estudo, que analisou as doze cidades do Centro-Norte
Fluminense com base em dados de 2013 – últimos disponíveis –, mostra o que
deixa de ser produzido devido aos mais de 30 minutos perdidos nesses
deslocamentos. Nova Friburgo responde por 50,3% do custo total da região. Na
cidade, deixam de ser produzidos R$ 83 milhões, principalmente porque o
município concentra 56,2% daqueles que levam mais de 30 minutos.
No ranking do maior impacto sobre o próprio PIB, Cachoeiras
de Macacu e Cantagalo lideram empatadas, ambas com 2,4%. Na comparação com
2011, o tempo de deslocamento no Centro-Norte Fluminense subiu sete minutos
(6,9%), apesar de o número daqueles que perderam mais de 30 minutos no trânsito
ter diminuído em 2,2% (909 pessoas). Isso significa que aquelas pessoas que se
deslocam por mais de 30 minutos estão ficando mais tempo no trânsito.
De acordo com o Sistema FIRJAN, a ausência de um
planejamento urbano adequado resulta em forte desequilíbrio na distribuição de
funções urbanas. Um dos principais problemas é a falta de infraestrutura para a
atração de empresas e a oferta de postos de trabalho. Isso faz com que uma
parcela expressiva da população tenha que fazer longos e demorados
deslocamentos para a realização de atividades, causando impacto negativo na
economia.
No estado do Rio, 3,5 milhões de trabalhadores gastam mais
de 30 minutos nos deslocamentos casa-trabalho-casa. O tempo gasto é de, em
média, 2h18 e o custo dessa produção sacrificada é de R$ 30,3 bilhões, o
equivalente a 4,8% do PIB em 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário