O Programa Municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais de Nova
Friburgo realizará durante o até o dia 21 de outubro, no horário de 8 às
12 horas e de 13 às 16 horas, no Centro de Saúde Sílvio Henrique Braune, uma
campanha municipal de prevenção à Sífilis Congênita, com o objetivo de
conscientizar a população em geral, com ênfase nas gestantes, sobre a
importância da prevenção no combate à disseminação da Sífilis e da Sífilis
Congênita, através da realização de testes rápidos de triagem para Sífilis e de
testes rápidos diagnósticos de HIV.
Além da Zika, outra doença que também pode trazer complicações em bebês como má-formação, surdez e deficiência mental e que tem apresentado aumento de casos no país e alertado especialistas em saúde, a Sífilis segue longe dos holofotes.
Além da Zika, outra doença que também pode trazer complicações em bebês como má-formação, surdez e deficiência mental e que tem apresentado aumento de casos no país e alertado especialistas em saúde, a Sífilis segue longe dos holofotes.
Em sete anos, a quantidade de casos notificados de Sífilis
Congênita (transmitida de mãe para filho) quase triplicou, e a estimativa do
próprio governo federal é de avanço preocupante em 2016. Os dados são de nota
técnica do departamento de DST/AIDS do Ministério da Saúde, que projeta 41.752
casos de gestantes com sífilis neste ano e 22.518 em bebês caso a tendência
persista.
A taxa de incidência de Sífilis em bebês com menos de um ano é de 2
casos a cada mil nascidos vivos em 2008. Em 2014, dados preliminares do
Ministério da Saúde apontam que ela passou para 5,6 – foram 16.266 casos
naquele ano. Nesse mesmo período, a taxa de Sífilis em gestantes passou de 2,7
para 9,7 casos a cada 1.000 nascidos vivos. Em números absolutos, de 7.920, em
2008, para 28.226 em 2014.
Silenciosa, a infecção é conhecida como a doença das mil
faces e pode levar à morte. O primeiro sintoma, o cancro duro, pode aparecer na
boca e ser confundido com afta; pode se manifestar intravaginal ou no ânus e
ser vista como um machucado qualquer.
Transmitida pela relação sexual, e também por transfusão de
sangue, a doença tem como primeiro sintoma uma ferida (cancro duro) que não
dói, não coça, não arde e comumente aparece nos órgãos sexuais de homens e
mulheres, desaparecendo depois de um tempo.
Na fase secundária, manchas
vermelhas surgem pelo corpo, e a doença pode ser confundida com algum tipo de
alergia. Como os sintomas também somem, geralmente em 10 dias, a pessoa não
cogita a Sífilis.
Na fase terciária, a doença pode ficar sem apresentar
sintomas por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves,
como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos e morte.
O principal tratamento da Sífilis é feito com penicilina
benzatina, para as gestantes, e penicilina cristalina, para os bebês. Parceiros
também devem ser tratados, para evitar que a situação se agrave e haja risco de
novas infecções.
A Sífilis na gravidez pode causar aborto do feto e má-formação
ósseas, por exemplo, um cenário que pode ser evitado se houver tratamento
correto. Se os bebês não forem tratados antes de um mês de vida, podem sofrer
graves danos como cegueira, surdez e retardo mental.
O aumento de casos notificados de Sífilis em gestantes pode
estar ligado à melhoria da vigilância e do diagnóstico através da oferta dos
testes rápidos. Os testes rápidos de triagem da sífilis podem ser feitos por
qualquer pessoa e sem a necessidade de jejum prévio, utilizando-se apenas uma
gota de sangue e dentro de 15 minutos consegue-se o resultado. O teste em
gestantes deve ser realizado na primeira consulta e repetido no terceiro
trimestre da gravidez, e no momento do parto, independentemente de exames
anteriores. É indispensável também os parceiros fazerem o teste para se evitar
a transmissão para a gestante.
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