A morte do líder cubano Fidel Castro, aos 90 anos, que comandou a ilha entre 1959 e
2008, foi anunciada pelo irmão e sucessor, Raul Castro, na TV estatal cubana:
“É com profunda dor que informamos ao nosso povo e aos nossos amigos da América
e do mundo que neste dia 25 de novembro de 2016, às 22h29 [hora local], o
comandante e líder da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, faleceu”.
Castro chegou ao poder em 1959 e permaneceu como ditador do
país até janeiro de 2008, quando entregou a Presidência de Cuba a seu irmão Raul Castro.
Totalitarista, truculento e sanguinário, Fidel valeu-se da
violência para neutralizar as ações dos adversários, transformando Cuba em uma
ilha-prisão, na qual a população acostumou-se ao regime comunista, como se nada
mais existisse ao redor do planeta. Os que não aceitaram o regime de
Fidel arriscaram-se em perigosas travessias marítimas até o estado
norte-americano da Florida.
Cultuado por partidos de esquerda latino-americanos, Fidel
passou a maior parte de seu tempo livre em uma ilha paradisíaca ao sul de
Cuba, onde levava um estilo de vida nababesco, em contraste com a miséria da
população.
Ainda que oficialmente aposentado, Fidel continuou
mandando e desmandando no governo.
Os cubanos que viram nas promessas de reforma de Raúl a
possibilidade de recuperar os anos perdidos decepcionaram-se ao perceber que
nenhuma mudança foi para melhor. A população continuou impedida
de avançar.
Com a morte do ditador, Cuba tem o desafio de começar a caminhar com as próprias pernas e oferecer uma vida melhor (e livre)
à população.
Os cubanos que vivem em Little Havana, que fica em Miami, não se mostraram tristes com a notícia, não!
Bem como a vlogueira Zoe, do canal Disquisições da Zoe, que vive no Brasil, também não lamentou a morte de Fidel, pelo contrário!
Como em Cuba a imprensa não é livre, infelizmente, por volta das 16h40 (horário de Brasília) a famosa blogueira Cubana Yoani Sánchez, perseguida pelo regime dos irmãos Castro por ter posicionamentos independentes, postou que a imprensa oficial (entenda-se imprensa escrita) ainda não havia chegado aos cubanos. Portanto, o pessoal da ilha de Cuba não sabe (e provavelmente não saberá) como o resto do mundo reagiu à notícia da morte de Fidel. "Um país em silêncio", comentou a blogueira em outro post. E acrescentou que a venda de bebidas alcoólicas foi suspensa em vários pontos da capital cubana.
O blog não lamenta, nem comemora, limita-se a noticiar o fato histórico!
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