segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Lava Jato/RJ: Eike Batista volta ao Brasil e é preso

Reprodução O Globo
Por solicitação dos procuradores da República no Rio de Janeiro à frente da Operação Eficiência, a Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal (SCI/MPF) iniciou contatos com as polícias alemã e americana desde o último dia 27 para monitorar o empresário Eike Batista e providenciar a documentação necessária a eventual extradição. Nesta segunda-feira, 30 de janeiro, o investigado pela força-tarefa Lava Jato no Rio retornou ao Brasil e o mandado de prisão preventiva contra ele logo foi cumprido pela Polícia Federal.

Os pedidos de prisão para extradição começaram a ser preparados ainda no dia 27, ao mesmo tempo em que era verificado naqueles países onde Eike poderia estar. Logo que se confirmou sua presença em Nova Iorque, a polícia americana iniciou um discreto monitoramento, já com a informação de que ele havia comprado a passagem do voo AA 973 (aeroportos JFK-Galeão) para domingo, 29 de janeiro, à noite.

Procuradores no Rio e na Procuradoria Geral da República (PGR) checaram planos de voo de vários jatos brasileiros que poderiam estar nos Estados Unidos e auxiliar numa fuga, em especial um que partiu na mesma data do voo de saída do Rio e teve um plano de voo suspeito. Os policiais americanos só terminaram a mobilização e deram seu aval ao embarque quando a porta do avião fechou e eles conferiram a lista de passageiros. Independentemente de outras fontes, esse é o procedimento padrão (o mesmo que foi feito em 2015 pela SCI no caso da prisão do advogado de Cerveró, Edson Oliveira, durante outra fase da Lava Jato).

 Segundo o procurador regional da República, José Augusto Vagos, o retorno de Eike ao Brasil, de forma voluntária, antecipou uma prisão que seria inevitável.

Preso por policiais federais, ainda no Aeroporto Internacional Tom Jobim,pouco antes de 10h, Eike passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), antes de ser encaminhado ao Ary Franco, em Água Santa.

Após passar por triagem no Ary Franco, onde teve a cabeça raspada e vestiu o uniforme de interno, ele foi transferido para Bangu 9. O motivo seria a falta de segurança na penitenciária de Água Santa.

O Antagonista
Por não ter nível superior completo, o empresário não pôde ir para Bangu 8, onde está o ex-governador Sérgio Cabral e outros presos durante as operações Calicute e Eficiência, os braços da Lava-Jato no Rio.

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