sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Projeto cria o Estatuto Estadual da Liberdade Religiosa

O Rio de Janeiro deve ganhar o Estatuto Estadual da Liberdade Religiosa. O projeto de lei 128/15 do deputado Átila Nunes (PMDB), que cria regras para combater discriminações e desigualdades religiosas que possam afetar os cidadãos fluminenses, foi aprovado pela Alerj, nesta quinta-feira (14/12), em discussão única. A proposta ainda será votada em redação final pela Casa.

O texto ressalta que todo cidadão tem direito de seguir qualquer religião e manifestar seus credos e doutrinas, inclusive nenhuma, por todos os meios legais - exceto quando violar os direitos humanos. Já o poder público estadual, segundo a norma, é laico e não pode demonstrar preferência ou afinidade por qualquer religião.


Entre as medidas propostas está a inclusão do estudo sobre características gerais de diferentes crenças e religiões onde houver currículo escolar de ensino religioso dos níveis médio e fundamental, públicos e particulares. Os objetos de natureza religiosa que estão hoje no Museu da Polícia deverão ser encaminhados às universidades públicas. 

O projeto determina também que os três poderes e o Ministério Público implementem medidas que assegurem a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para os praticantes de todas as religiões.

De acordo com o projeto de lei, o Poder Executivo deverá promover anualmente, com apoio das TVs e rádios educativas, campanhas de combate ao preconceito, incentivando o respeito às diferenças de credo. A norma cria ainda a Conferência Estadual de Promoção da Liberdade Religiosa, para a mobilização da sociedade civil visando a conscientização sobre o tema, a ser realizada dentro de 90 dias após o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro.

Átila Nunes afirma que a lei é um grande passo na luta pela justiça e pela liberdade. "Nossa busca é pelo respeito entre as diversas crenças, que há de ser o objetivo maior daqueles que defendem a verdadeira democracia, mantendo-se o Estado laico para lidar de modo imparcial com as questões da sociedade", argumenta o parlamentar.


O Blog comenta: Triste é chegarmos ao século XXI e ainda termos que ter uma lei que proteja as nossas escolhas religiosas. Onde foi parar o respeito, hein?!

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