Em parecer enviado ao STF, na
quarta-feira (14), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que
o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral seja mantido no presídio de
Pinhais, no Paraná, para onde foi transferido no último mês, por decisão da 7ª
Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A decisão de transferi-lo foi tomada
em razão das regalias que eram concedidas ao político, no presídio de Benfica,
onde estava custodiado.
No Habeas Corpus 152.720/DF, a defesa do político tenta
reverter decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a
transferência.
“A situação exigia, assim como ainda exige, a adoção de
medidas reativas, enérgicas, a fim de não tornar 'tábula rasa' os objetivos de
uma custódia cautelar preventiva, máxima envolvendo uma criminalidade econômica
e política, reconhecida como de 'colarinho branco'”, afirmou a Procuradora, que também afastou o argumento de que a transferência violaria o princípio da ampla
defesa. Raquel Dodge lembra que no complexo de Pinhais/PR o ex-governador
continuará com o direito de receber visita de advogados.
A eventual dificuldade de deslocamento alegada pela defesa,
segundo ela, não se justifica dado o poder aquisitivo do réu. Segundo o
parecer, a presença de Cabral nas audiências também não será dificultada, visto
que ele responde a processos e é investigado tanto no Rio de Janeiro, quanto no
Paraná. Além disso, também pode ser usado o recurso de videoconferência para
viabilizar tais oitivas.
Para Raquel Dodge, o STF não deve nem sequer analisar o
pedido feito pelo governador, visto que é inadmissível proposição de habeas corpus
no caso em questão.
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