Brasília, 25 de maio de 2018
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros - Abcam,
juntamente com suas cinco Federações filiadas, repudia o acordo realizado ontem
entre Governo Federal e as outras entidades representativas do transporte
rodoviário. Ao contrário do que foi dito, a Abcam tem representação legitimada
pela categoria de transportadores autônomos do país, com cerca de 600 mil
caminhoneiros filiados em todo o território nacional. Inclusive possui assento
no Fórum do Transporte de Cargas, do Ministério dos Transportes e também é entidade
filiada à Confederação Nacional do Transporte.
Portanto, como representantes dos caminhoneiros autônomos,
emitimos em outubro de 2017, um oficio ao presidente Michel Temer a fim de
apresentar ao governo a necessidade de isenção das alíquotas incidentes no
valor do óleo diesel, um dos principais problemas para a categoria, já que o
combustível representa cerca de 42% do custo do transportador.
Sem qualquer retorno do Governo, a Abcam reiterou
solicitação no dia 14 de maio deste ano, exigindo, em caráter de urgência, uma
discussão sobre o assunto. Foi informado ao Governo que uma paralisação da
categoria poderia surgir e que era preciso o Governo se manifestar.
A Abcam aguardou até o final da semana, dia 18 de maio, um
posicionamento do Governo. Sem respostas, a entidade iniciou o processo de
mobilização por meio de suas lideranças e redes sociais. Para aqueles que não
acreditavam na força do movimento, os últimos cinco dias de paralisações
demonstram a força da categoria.
Ao contrário de outras entidades que se dizem representantes
da categoria, a Abcam, não trairá os caminhoneiros. Continuaremos firmes com
pedido inicial: isenção da alíquota PIS/Cofins sobre o diesel, publicada no
Diário Oficial da União.
A Abcam continua cumprindo seu papel de representação dos
caminhoneiros perante o Congresso Nacional e as instâncias governamentais.
Agora, deixaremos a resposta para o Governo nas mãos dos caminhoneiros. Se eles
acham que a proposta apresentada pelo Governo é justa, que voltem para suas
casas. Mas se consideram que o Governo não atendeu às suas necessidades, que
permaneçam firmes!
JOSÉ DA FONSECA LOPES
Presidente da ABCAM
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