A redução no número de pastas é uma das bases da política de
eficiência nos gastos públicos a ser implementada pela nova equipe do governo.
Com a diminuição das despesas federais, a gestão de Bolsonaro espera trazer
equilíbrio fiscal ao País, concentrando os investimentos em áreas essenciais à
população, como saúde, segurança e educação.
Perfis
Um dos ministérios com papel central no novo governo é o da
Economia, resultado da fusão entre Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, e Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O escolhido para comandar a
pasta, considerada peça-chave para a continuidade do processo de recuperação
vivido pelo País, é o economista Paulo Guedes, mestre e doutor pela
Universidade de Chicago (EUA).
Entre outros feitos, Guedes fundou o Banco Pactual, o
Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), o grupo BR Investimentos e
o Instituto Millenium. O perfil técnico do novo ministro não se restringe
somente à pasta da Economia. Pelo contrário, trata-se de uma marca buscada para
a gestão que se inicia em 2019.
O ministério da Justiça e Segurança Pública será ocupado por Sergio Moro, ex-juiz Federal da 13.ª Vara Criminal Federal de
Curitiba/PR e reconhecido publicamente pela luta contra a corrupção e crimes
financeiros contra a Administração Pública. Moro cursou o Program of
Instruction for Lawyers na Harvard Law School em julho de 1998 e possui título
de mestre e doutor em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná
(UFPR). Escreveu livros e artigos especializados na área jurídica.
Outro nome técnico pode ser verificado no Ministério das
Relações Exteriores, que será chefiado pelo diplomata de carreira Ernesto
Araújo, formado pelo Instituto Rio Branco. O novo titular da pasta atuou como
diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos
do Itamaraty desde outubro de 2016, sendo responsável pela coordenação do
relacionamento com os EUA e Canadá e pela participação brasileira na
Organização dos Estados Americanos (OEA).
O Ministério da Educação fica sob o comando do professor
Ricardo Vélez Rodríguez, doutor em Filosofia; e no Ministério do
Desenvolvimento Regional, que ficará sob o comando de Gustavo Canuto, graduado
em Engenharia de Computação e em Direito e ex-chefe de gabinete do Ministro da
Integração Nacional.
Experiência militar
Capitão da reserva do Exército Brasileiro, Bolsonaro trouxe
a experiência militar para o seu governo. Diversos ministros com vasta
experiência nas Forças Armadas farão parte da gestão federal. As escolhas
levaram em conta não apenas a capacidade profissional dos novos ministros, mas
também a pluralidade de pontos de vista. Assim, representantes da Marinha,
Exército e Aeronáutica terão papel de destaque na administração federal.
Entre os principais nomes, estão o do almirante de esquadra
Bento Costa Lima (Minas e Energia), que atuou como observador militar das
Forças de Paz da Organização das Nações Unidas; o general Augusto Heleno
(Gabinete de Segurança Institucional), o primeiro comandante militar da Missão
das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti; e o tenente-coronel Marcos
Pontes (Ciência e Tecnologia), primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço.
Vivência política
A estrutura ministerial do governo de Jair Bolsonaro também
terá a importante presença de nomeados com longa trajetória política,
considerada essencial para o desenvolvimento de uma relação harmoniosa entre os
diferentes órgãos da gestão federal.
Nesse sentido, destacam-se as nomeações de Osmar Terra
(Cidadania), que já ocupou os cargos de ministro do Desenvolvimento Social,
prefeito de Santa Rosa (RS) e deputado federal pelo Rio Grande do Sul; Onyx
Lorenzoni (Casa Civil), ex-deputado estadual e federal pelo Rio Grande do Sul;
e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), que tem no currículo os cargos de vereador
de Belo Horizonte e deputado federal por Minas Gerais.

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