A nova edição do estudo “A situação fiscal dos estados
brasileiros”, da Firjan, também revela que cada morador do Rio Grande do Sul,
por exemplo, contribui com R$ 1.038 ao ano para cobrir o déficit de R$ 11,1
bilhões da previdência estadual. No Distrito Federal, o custo por habitante é
de R$ 887 e, no Rio de Janeiro, de R$ 663. Ao todo, o déficit da previdência
dos estados chega a R$ 77,8 bilhões, de acordo com dados de 2017, últimos
disponibilizados pela Secretaria de Previdência, do Ministério da Economia, que
oferece uniformidade na declaração dos estados.
"Isso tem a ver com a vida dos brasileiros, é um
problema de estado. Não vamos ter equilíbrio social, educação e serviços de
saúde decentes sem reforma da previdência. Só vamos ter empregos aqui se tivermos
a economia crescendo. O Congresso precisa encara essa questão", afirmou o
presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, sobre a urgência da
reforma da previdência, durante o lançamento do estudo.
"A situação é de total insolvência", alertou
Jonathas Goulart, gerente de estudos econômicos da federação, sobre a situação
fiscal e a necessidade da aplicação direta da reforma da previdência nos
estados.
A Firjan destaca que os dados da previdência e os problemas
sociais pelos quais passam os estados deixam claro que nos últimos anos o
rápido crescimento das despesas de pessoal tem sido o principal vilão para o
equilíbrio fiscal. Porém, chama a atenção para o fato de que os dados
declarados não revelam esse quadro alarmante, dificultando a aplicação de
medidas eficazes de ajuste e controle de gastos públicos. No Rio de Janeiro,
por exemplo, por muitos anos o avanço das despesas previdenciárias foi
financiado por receitas de alta volatilidade, a destacar as de royalties, o que
não permitiu mostrar o desequilíbrio financeiro do fundo da previdência.
No estudo, a federação também ressalta que nos últimos anos
o avanço das despesas obrigatórias, em especial despesas de pessoal, foi
financiado em muitos estados pelo aumento de impostos, sobretudo o ICMS. Esse
aumento “recai imediatamente sobre a sociedade, uma vez que implica em aumento
dos custos de produção com efeitos diretos sobre a competitividade do setor
produtivo e no preço final dos produtos e serviços”.
Para a Firjan, deixar de ajustar as contas da previdência é
aceitar, além do aumento de impostos, a deficiência de diversas atividades dos
estados, como segurança pública, saúde e educação. A federação destaca a
importância, principalmente, da reforma da previdência para a retomada e o
avanço do desenvolvimento do país. Sugere ainda ajuste no quadro de pessoal dos
estados e a unificação dos critérios de contabilidade pública.
Acesse a íntegra do estudo "A situação fiscal dos
estados brasileiros" AQUI

Nenhum comentário:
Postar um comentário