sexta-feira, 23 de julho de 2010

9°FINF: Um festival sempre de ‘casa cheia’

As grandes atrações deste sábado e domingo: Jorge BenJor, Bia Bedran e Orquestra Jovem de Campos, no palco da ilha e Quarteto Cláudio Dauelsberg, no teatro municipal

O sucesso de público continua em Nova Friburgo por mais uma semana. Exatamente como na noite da estreia, em 15 de julho, com a Cia Brasileira de Ballet, apresentando o espetáculo ‘A Flauta Mágica’, o Teatro Municipal da praça do Suspiro vem se mantendo lotado, a cada apresentação. Na noite da última quinta-feira, 22, não foi diferente com o espetáculo do grupo ‘Blues Etílicos’.

E assim, o 9° FINF - Festival Internacional de Inverno de Nova Friburgo avança para sua segunda semana, com atrações de cinco países, incluindo o Brasil (Rússia, Itália, Espanha e Argentina), sendo que neste fim-de-semana, começam os shows no palco da ilha Country Clube.

Além da cantora revelação Maria Gadú, na sexta, Jorge Ben Jor no sábado, 24, dois grandes nomes da MPB, teremos os shows de abertura de bandas locais, enquanto na noite de domingo, 25, ‘Claudio Dauelsberg Quarteto’ (piano, baixo, bateria e saxofone), com Pascoal Meirelles, Ney Conceição e Fernando Trocado farão apresentação no Teatro Municipal, a partir das 20 horas, executando obras do próprio Claudio, de C. Parker, Miles Davis, entre outros.

Abrindo o show de Jorge Ben Jor, na noite deste sábado, a partir das 20h30, se apresenta ‘Só Balanço’, enquanto às 21h30, será a vez de Altay Veloso, cantor e compositor de renome, com grande ligação com a cidade.

‘DOMINGO NO PARQUE’ com ‘Um espetáculo para toda a família’

Ainda no domingo, 25, durante todo o dia, diversas atrações para a garotada vão garantir a diversão, no chamado ‘Domingo no Parque’, nos jardins do Nova Friburgo Country Clube: a partir das 10 horas, atividades culturais e esportivas para as crianças vão abrir o programa daquele dia, que contará ainda com apresentação da Banda Sinfônica Campesina Friburguense, sob a regência do maestro Marcos Almeida, a partir das 11 horas, no palco da ilha, enquanto às 15 horas, Bia Bedran apresenta o Forró da Bia, com ‘Um espetáculo para toda a família’. E, encerrando, a partir das 17 horas, o maestro Maurício Carneiro estará regendo o concerto da Orquestra Sinfônica Jovem de Campos.

Jorge Ben Jor, a unanimidade aguardada

Sem bula explicativa e sem contra-indicações, assim é a obra de Jorge Ben Jor, que se interessou pela música quando a bossa nova ainda dominava o cenário artístico brasileiro e mundial. Como a maioria dos adolescentes daqueles tempos, seu ídolo era João Gilberto, cuja voz coloquial despertava sua admiração. Mas Jorge Menezes, conhecido no mundo inteiro como Jorge Ben Jor, passou a infância ouvindo Luiz Gonzaga e Ataulfo Alves. Em casa, seus pais falavam de ‘um certo’ Nelson Gonçalves. Ainda desta época lembra uma voz em especial, Cauby Peixoto, que um dia viria a gravar uma de suas canções, ‘Dona Culpa Ficou Solteira’.

Jorge Ben Jor explodiu com a música ‘Mas Que Nada’ e logo em seguida ratificou seu talento com outro grande sucesso, ‘Chove Chuva’. Desde o início de sua carreira, mostrou-se inovador, sendo impossível classificar sua música e balanço inconfundíveis. Mas “esse samba que é misto de maracatu” é sua marca registrada, com espaço no mundo todo.

Desde o final dos anos 60, Jorge é o único compositor a ser gravado por artistas de todas as correntes musicais. ‘Mas Que Nada’ está registrada nas vozes de Ella Fitzgerald, Dizzie Gilespie, Julio Iglesias, Al Jarreau, Trini Lopez, José Feliciano, Fred Bongusto, Mina, Nicoletta, Los Hermanos Castro e em centenas de outras gravações de cantores e grupos musicais de dezenas de países do mundo, sendo que durante os anos 80, desfilou seu talento para as platéias européias e asiáticas, em festivais de jazz e de world music.

Desde 2000 seus shows nos Estados Unidos, onde realiza regularmente apresentações, vêm conquistando uma grande parcela do público americano. Seus discos continuam sendo relançados em diversas coleções, em todo o mundo, e agora, que ele aceitou uma das muitas ofertas que tinha para gravar, e assinou contrato com a Universal, em breve teremos um novo álbum, com músicas inéditas. A unanimidade Jorge Ben Jor é sempre bem vinda e aguardada e poderá ser vista nesta noite de sábado, com sua inseparável banda do Zé Pretinho.

Bia Bedran para alegria da garotada

O show musical de Bia Bedran, ‘Cabeça de vento’ é um dos destaques da programação do 9º Festival Iinternacional de Inverno de Nova Friburgo, promovido pela Dell’Arte. Em conjunto com a Prefeitura de Nova Friburgo e com o apoio do Governo do Estado do Rio, através da Secretaria estadual de Turismo, Esporte e Lazer. A apresentação neste domigo, 25, a partir das 15 horas, no palco da ilha do Nova Friburgo Country Clube, é garantia de diversão para toda a família.‘Cabeça de Vento’ faz um passeio pelo universo sonoro criado por Bia, numa linguagem cênica que contempla a literatura, a poesia e a ludicidade de seu jeito singular de envolver adultos e crianças, marca de um trabalho de sucesso, que vem atravessando gerações.

Utilizando bonecos e adereços, o show entremeia as histórias e os diversos números musicais preparados por Bia Bedran e seus músicos. O repertório abrange sucessos já conhecidos de seu grande público de crianças e educadores, como ‘Dona Árvore’, ‘Videotinha’ e ‘As caveiras’, além de passear por outras canções escolhidas dentro de todo o seu trabalho, reunido em oito CDS, entre as quais ‘Ciranda do Anel’, ‘Xô Papão’ e ‘O Piolho’.

Recheado de momentos em que a plateia participa, não somente através do canto, mas também do ritmo e de brincadeiras de movimentação corporal, o espetáculo é batizado com o nome do livro que a autora lançou em 2003 pela Editora Nova Fronteira e que consiste num grande sucesso editorial, tendo sido adotado por diversas escolas desde então. Também é titulo da canção que Bia compôs para o personagem do livro e que está gravada em seu CD ‘Fazer um Bem’, lançado em 2005. ‘Cabeça- de- vento’ é uma homenagem a todos os criadores que, com suas “cabeça-de-vento”, deixam a marca da arte inventiva na vida das pessoas.

ROTEIRO

Cabeça de Vento (Bia Bedran), Quintal (Bia Bedran), Dna Árvore ((Bia Bedran) o Marinheiro Do Barco De Vapor (Bia Bedran), O Menino Que Foi Ao Vento Norte (Conto Popular), O Tempo (Bia Bedran), Videotinha (Bia Bedran), O cacau (Domínio Público), Boneca de lata (Domínio Publico), As caveiras (Domínio Público), Xo Papão (Bia Bedran), O piolho (Bia Bedran), Campo Santo (Conto Popular), Pedalinho (Bia Bedran) e Ciranda do Anel (Bia Bedran)

FICHA TÉCNICA

Bia Bedran: Voz e Violão; Alexandre Romanazzi: Flauta; Ricardo Pacheco: Teclado; Paulão Menezes: Percussão; Guilherme Bedran: Violino e Voz; Messias do Carmo (operador de áudio), Wivison Pereira (operador de luz), Elias Rosa (assistente de palco) e Maurício Ribeiro (produção).

Claudio Dauelsberg Quarteto

O pianista, compositor, arranjador e produtor Claudio Dauelsberg conjuga com o seu piano os verbos estudar, combinar e reinventar a partir de diferentes correntes estéticas. Na programação deste 9º Festival de Inverno de Nova Friburgo, ele sobe ao palco do Teatro Municipal de Nova friburgo para uma apresentação de jazz ao piano, acompanhado pelos consagrados Ney Conceição (baixo), Pascoal Meirelles (bateria) e Fernando Trocado (saxofone).

A apresentação será neste domingo, 25, a partir das 20 horas, no Teatro Municipal (Praça do Suspiro), tendo no repertório composições de Claudio Dauelsberg e improvisações em cima de temas de outros compositores, como Miles Davis, Coltrane, Parke e Jobim.

Claudio Dauelsberg tem um extenso currículo de shows no Brasil e exterior, desde apresentações solo à concertos com orquestras sinfônicas. O artista transita entre diferentes estilos: do PianOrquestra à grande banda carioca; de um trabalho étnico com o senegales Mamour Ba à musica contemporânea de Cage ou um grupo de improviso entre piano, baixo e bateria do ‘Paisagens Brasileiras’ (Montreux); do ‘Duo Fenix’ à Orquestra de Camera de Moscou, com o CD ‘Bach’ . E ainda faz parte de um quinteto, reunindo expressivosmMúsicos da Noruega (CD ‘Ventos do Norte’). Entre os projetos recentes que participou como músico e arranjador, constam trilhas para o Balé Guaíra, TV Globo e outros.

Trabalhou como instrumentista e produtor em mais de 50 discos. No âmbito da produção, já atuou em dezenas de concursos culturais, mostras e exposições, além de trilha sonora de filmes.

A música brasileira e seu diálogo com as outras culturas vêm sendo o campo de atividade deste pianista, arranjador, compositor e produtor que realizou diversas viagens pela Europa, Canadá e EUA com o objetivo de conhecer melhor a produção musical local e estabelecer contatos.

NO CONTRA-BAIXO
Ney Conceição é músico autodidata, contrabaixista, arranjador e compositor, que participou de várias gravações, tocou com grandes nomes do cenário musical brasileiro e internacional (Airto Moreira, Arthur Lipner - com quem gravou em Nova Iorque; Carlos Malta, Cláudio Daeulsberg - com quem excursionou pelo Brasil e Europa, incluindo participação no festival de jazz de Montreaux; Danilo Caymmi, João Donato, Márcio Montarroyos, Marco Rezende, Marcos Amorim, Moraes Moreira, Naná Vasconcelos, Pascoal Meirelles, Paulinho Trumpete, Paulo Moura, Roberto Menescal, Sivuca, Sebastião Tapajós), além da gravação da trilha sonora do longa metragem ‘Lendas Amazônicas’, e sete CDs de carreira do mesmo, Zé Keti entre outros.

Com Robertinho Silva gravou o CD ‘Jaquedu’. Em 2005, lançou seu primeiro disco solo e todo autoral intitulado ‘Ney Conceição’. Atualmente, junto com Kiko Freitas e Nelson Faria, faz parte do trio que acompanha o cantor e compositor João Bosco, com o qual gravou o CD ‘Malabarista do Sinal Vermelho’ e o primeiro DVD do artista, ‘Obrigado Gente!’, e se apresentou no ‘Blue Note’, de Tókio e de Nova Iorque, e toda a Europa.

NA BATERIA
O baterista Pascoal Meirelles começou sua carreira profissional aos 16 anos, tocando em night-clubs. Em 1967, se mudou para o Rio de Janeiro e logo passou a pertencer ao combo de Paulo Moura. Pascoal tocou e gravou com grandes nomes da música brasileira, como Elis Regina, Luis Bonfá, Chico Buarque, Ivan Lins e Edu Lobo. Em 1975, foi estudar na famosa e prestigiada Berklee College of Music, em Boston. Nessa época, participou do disco de Tom Jobim, ‘Terra Brasilis’. Se graduou em 1979 e, assim que retornou ao Brasil, iniciou trabalhos com Gonzaguinha e Wagner Tiso. Gravou o seu primeiro álbum ‘Considerações a Respeito’, em 1981, o qual foi seguido pela gravação de ‘Tambá’ (83), ‘Anna’ (87), ‘Paula’ (92) e ‘Considerações’ (95) - uma compilação dos três primeiros trabalhos.

Ministrou 13 workshops na Dinamarca e Suécia. Lecionou no curso de verão da Escola de Música de Brasília e realizou workshop no Segundo Encontro de Percussionistas Sul-americanos, no Rio Grande do Sul.

NO SAX
Fernando Trocado é saxofonista e estudou com José Freitas, Paulo Moura, Idriss Boudrioua e Ion Muniz. Tem larga experiência e prestigio, tendo tocado em diversos grupos instrumentais, como Orquestra Vittor Santos, Saxophonia, Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, Orquestra Oficina, Orquestra de Sax, Linha 176, Tomás Improta Quinteto, UFRJazz Ensemble, Xekerê, tendo participado tambem dos grupos de Dôdo Ferreira, Marcos Amorim, Cláudio Daulsberg, Ronaldo Diamante, Paulo Midosi além de apresentar-se com artistas como Francis Hime, Daúde, Jamelão, Luís Melodia, Bibi Ferreira e Eduardo Dussek.

Participou,como intérprete, de Bienais e Mostras de Música contemporânea. Gravou com alguns dos artistas acima, como Saxophonia, Orquestra de Sax, Tomás Improta, Idriss Boudrioua/Alexandre Carvalho, Marcos Amorim, Dôdo Ferreira, Ronaldo Diamante e também com ‘Nó em pingo d'água’, Tânia Alves, Roberto Carlos, Martinho da Vila, entre outros. Tem participado também como músico em peças de teatro, como ‘Obrigado, Cartola’, ‘Ópera do Malandro’, ‘No passo do compasso’, ‘Somos irmãs’, ‘Papagueno’, ‘O Cavalinho Azul’ e na ‘Ópera dos três vinténs’. Lecionou saxofone na UFRJ e nos Seminários de Música Proarte e em outras escolas de música, como Artemúsica e Allegro.

REPERTÓRIO

‘Além das Imagens’ - (C. Dauelsberg), Canto dos Hebreus - (C. Dauelsberg), ‘Confirmation’ - (C. Parker), ‘Blue in Green’ - (M. Davis), ‘Giant Steps’ - (J. Coltrane), ‘Jardim Botânico’ - (C. Dauelsberg), ‘Ventos do Sul’ (C. Dauelsberg), ‘Insensatez’ (Jobim), ‘Ingênuo’ (Pixinguinha), ‘Estudo n2’ (C. Dauelsberg), ‘Festa no Sertão’ (Villa Lobos) e ‘Choro a Luz de Velas’ (C. Dauelsberg).

A entrada para todas as atrações é franca, solicitando-se aos interessados a doação de um quilo de alimento não perecível e que o público chegue com antecedência aos locais dos espetáculos, para garantir seus lugares.

Programação completa no site www.dellarte.com.br

Programação dessa 6ª feira -> Clique aqui

Nenhum comentário: