Há exatos 13 anos após a morte de Mario Covas, o PSDB volta
a perder uma liderança em um 6 de março: a quinta-feira está sendo de luto para
o partido com o falecimento do deputado federal Sérgio Guerra (PE), aos 66
anos. Ex-presidente nacional da legenda (2007 a 2013) e presidente do diretório
tucano em Pernambuco e do Instituto Teotonio Vilela, o parlamentar exercia seu
quarto mandato na Câmara. Internado há
15 dias no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, Sérgio morreu em decorrência
de uma pneumonia que agravou o estado geral de saúde. Ele deixa quatro
filhos. O falecimento foi lamentado não
apenas no PSDB, mas em forças políticas das mais diversas, que se manifestaram
em todo o país.
Severino Sérgio Estelita Guerra nasceu em 9 de novembro de 1947 no Recife
(PE). Economista, empresário e criador de cavalos de raça, teve uma carreira
política muito intensa. Ao longo de sua
trajetória profissional, ocupou outros cargos importantes, como a diretoria do
Departamento de Economia do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais na
capital pernambucana no final da década de 60.
Filiou-se ao PMDB em 1981 e, no ano seguinte, foi eleito
deputado estadual. Em 1986, pelo PDT, reelegeu-se para novo mandato à
Assembleia Legislativa . Em 1989 filiou-se ao PSB e ocupou os cargos de
Secretário estadual de Indústria Comércio e Turismo e de Ciência e Tecnologia no governo Miguel
Arraes. Foi eleito deputado federal em 1990, reelegendo-se em 1994 e 1998.
Reassumiu, entre 1997 e 1998, a Secretaria de Indústria e
Comércio, no último mandato de Miguel Arraes. Em 1999, deixou o PSB e ingressou
no PSDB, partido que presidiu e onde ficou até a morte. Participou do primeiro
governo Jarbas Vasconcelos, ocupando a Secretaria Extraordinária.
Guerra tornou-se senador da República, por Pernambuco, em
2002, com 1.675.779 votos. Na eleição à presidência da República, em 2006, foi
coordenador da candidatura tucana do governador Geraldo Alckmin. Em 23 de
novembro de 2007, Sérgio foi eleito presidente do PSDB, substituindo Tasso Jereissatti.
Ocupou o posto até 18 de maio de 2013. Na sua gestão, consolidou o PSDB na
posição de maior força da oposição no Brasil. Além disso, modernizou o processo
de comunicação da legenda, investiu em mídias sociais ( Facebook e Twitter) e
incrementou o diálogo do partido com os diversos segmentos da sociedade
(jovens, mulheres, minorias, sindicalistas).
Guerra coordenou a campanha de José Serra à Presidência da República em
2010.
No Congresso, se tornou um dos maiores especialistas em
matérias de orçamento e reconhecido por sua grande capacidade de articulação
política. Em 2011, 2012 e 2013 esteve na lista dos “Cabeças do Congresso”,
relação elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap) que indica os nomes de mais destaque no Legislativo. Também no
Parlamento, propôs o Fundo de Apoio ao Biodiesel e a a regulamentação da
atividade de propaganda comercial na modalidade de mídia exterior. Também
integrou comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e o Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar. No ano passado, participou das comissões de Relações
Exteriores e Defesa Nacional e da Representação Brasileira no Parlamento do
Mercosul.
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