Um país com
capacidade de ir muito mais longe, mas travado por um governo ineficiente e
incompetente nas mais diversas áreas, como na gestão da economia e da
infraestrutura. Não é à toa que pesquisas divulgadas em fevereiro mostram
insatisfação de grande parcela da população com o atual estado de coisas e
claro anseio por mudanças. Confira abaixo os principais fatos que marcaram o
mês recém-encerrado em mais um capítulo da cronologia da má gestão de Dilma.
Peça de propaganda: fevereiro começou com a leitura da
mensagem da presidente Dilma Rousseff ao Poder Legislativo, em sessão realizada
dia 3. No papel, muitas teses que não encontram respaldo na realidade em seu
governo, como a busca do equilíbrio fiscal e do controle da inflação. Enquanto
a petista prega austeridade, mantém 39
ministérios e mais de 26 mil cargos
comissionados. Para tucanos, a mensagem vinda do Planalto não passou de peça de
propaganda. Ao longo do mês, a petista também amargou o agravamento da crise
que atinge sua base aliada no Parlamento.
A rainha do pibinho: pibinhos, juros e inflação altos,
desindustrialização, deterioração das contas externas e desvalorização do
patrimônio público. Esses são exemplos do legado que Dilma deixará no campo
econômico. No mês recém-encerrado, vários indicadores comprovam que a petista
leva o Brasil para o mau caminho. Com
crescimento de 2,3% em 2013, o país consolida-se na inglória posição de um das
nações que menos cresce no continente. Segundo estimativa da Cepal, em toda a
América do Sul só teremos avançado mais que a Venezuela no ano passado. Entre
2011 e 2013, o Brasil cresceu em média 2%, o que faz com que Dilma figure no
panteão dos presidentes que menos fizeram o país avançar em toda a República,
ao lado de Fernando Collor de Mello e Floriano Peixoto. Não é por acaso que aqui e lá fora há um
pessimismo generalizado a respeito da condução da economia brasileira, que
corre risco de amargar revés por parte das agências de risco.
Pesquisas mostram insatisfação: várias pesquisas
divulgadas ao longo do mês apontam o mesmo caminho: é latente na população o
sentimento de mudança e a insatisfação da população com o governo federal.
Entre os entrevistados pelo Ibope, por exemplo, 36% consideram a atual gestão
regular e outros 24% avaliam a gestão petista como ruim, enquanto 67% das
pessoas ouvidas pelo Datafolha manifestaram o desejo por novos rumos.
Indicadores sobre a percepção da economia também apontam a avaliação de que o
Brasil está no mau caminho: para 59% dos entrevistados pelo Datafolha, por
exemplo, a já elevada inflação vai aumentar.
Marketing no PAC: apesar dos sucessivos balanços inflados e
dos atrasos de até seis anos em obras, o Programa de Aceleração do Crescimento
ganhará sua terceira versão. O governo planeja lançar em abril o chamado PAC 3
sem sequer deslanchar os empreendimentos das versões 1 e 2 do programa, em puro
lance de marketing. Os números comprovam a lentidão que marca as demais versões
do programa. Em 2007, ano do lançamento da
primeira fase, foram destinados R$ 16,5 bilhões do orçamento da União
para o PAC. Passados nada menos que sete exercícios financeiros, até agora não
foram pagos ¾ da dotação inicial.
Jogo de cena no Orçamento: no dia 20 o Planalto anunciou
corte de R$ 44 bilhões no orçamento deste ano, um mero jogo de cena, dado o
histórico petista de não cumprir o que promete. O governo não se pronunciou,
por exemplo, na direção da redução da gigante máquina administrativa, com seus
39 ministérios. Além disso, a meta de superávit primário foi a menor desde
2000, início da vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, sinalizando que o
governo não quer fazer muito esforço para atingir a meta.
Polêmicas no Mais Médicos:
o abandono da médica cubana Ramona Matos Rodriguez no programa Mais
Médicos colocou em voga novamente a polêmica relação trabalhista estabelecida
entre os profissionais da ilha caribenha e os médicos que vieram para o Brasil
– tudo sob a conivência do Planalto. O Ministério Público do Trabalho inclusive
instaurou inquérito para apurar as condições de trabalho e de contratação
desses profissionais, que apresentam violações também no campo de direitos
humanos. Além de receberem muito menos do que médicos de outras nacionalidades,
cubanos amargam restrições em suas relações sociais. Para deputados, o governo
brasileiro está financiando a ditadura cubana, pois a maior parte dos recursos
para pagar os médicos fica com a ditadura dos irmãos Castro.
Mais um apagão: no último dia 4, o Brasil amargou
mais um grande apagão que atingiu 11 estados, prejudicando cerca de 12 milhões
de pessoas. A responsável pelo descalabro no sistema de energia tem nome e
sobrenome: Dilma Rousseff. Ex-ministra da Minas e Energia de Lula, foi ela quem
idealizou o sistema em vigor, sujeito a fiascos em série. Vale ressaltar, ainda, a lentidão para tirar
do papel as obras de expansão da geração
e da transmissão de energia, e o desequilíbrio financeiro nas empresas do setor
provocado pelas políticas adotadas pela petista.
Petrobras muito aquém do seu potencial: no dia 26, as ações
da Petrobras tiveram as maiores quedas na Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa), voltando ao patamar de 2005. O baque ocorreu após a estatal detalhar
os resultados financeiros de 2013 e o seu Plano de Negócios 2014/ 2018.
Endividada (R$ 221,5 bilhões em 2013) e com baixa credibilidade, a Petrobras
virou um símbolo da má gestão petista.
Para se ter uma ideia, 400 mil dos 2,4 milhões de barris de derivados
que o país consome diariamente vieram do exterior, colocando por terra a
alardeada autossuficiência que o marketing petista tanto cantou em prosa e
verso na figura do então presidente Lula.
Denúncia de suborno: além dos maus resultados, a maior
empresa brasileira também amarga uma grave denúncia envolvendo seu nome: a
holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas flutuantes a companhias como a
Petrobras, teria pago suborno a empresas em vários países, incluindo o Brasil.
Segundo denúncia de um ex-funcionário, entre 2005 e 2011 a SBM teria pago US$
139 milhões a intermediários e a funcionários da Petrobras. Na Câmara, o PT
trabalha para tentar impedir em plenário a aprovação de requerimento do PSDB
que pede a criação de comissão externa para obter na Europa mais detalhes sobre
a investigação em curso.
Pura ideologia na diplomacia: o Brasil perdeu uma oportunidade histórica de
se colocar à altura de seu papel de liderança no continente ao ignorar a crise
política, econômica e social que sacode a Venezuela. A expectativa era de uma
ação diplomática em defesa dos direitos humanos, da defesa da liberdade e da
democracia, mas Dilma mais uma vez deixou a sua política internacional ser
manchada pela ideologia. O país preferiu
dar guarida a um governo autoritário como o de Nicolas Maduro, que despreza a
democracia e o Estado de Direito ao reprimir com violência os protestos que
levam milhares de venezuelanos às ruas em um clamor por mudanças.
PSDB na Câmara, com charges de Fernando Cabral
PSDB na Câmara, com charges de Fernando Cabral
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