O deputado Eduardo Barbosa (PSDB/MG) presidiu, na quinta-feira
(27), audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família
a seu pedido. O debate levantou questões relacionadas ao dia a dia dos
portadores da doença de Parkinson. Na opinião do parlamentar, a situação está
muito mais próxima do cotidiano do que se imagina e a discussão foi primordial
para apontar caminhos visando enfrentar os desafios relacionados ao tema.
“Nós precisamos valorizar essas questões e criar caminhos
que deem mais qualidade de vida, conforto e segurança. Não só para aqueles que
hoje vivenciam a doença, mas para futuras gerações que enfrentarão situações semelhantes”,
alertou. Segundo o tucano, um tema que merece destaque é a questão do cuidador.
Conforme apontou, há projetos na Casa que buscam regulamentar a profissão e
criar opções de financiamento para os que necessitem desses profissionais.
Participaram do debate os representantes da Academia
Brasileira de Neurologia, Nasser Allan; da Associação Brasil Parkinson – São
Paulo, Samuel Grossmann; da Associação Brasil Parkinson – Rio Grande do Sul,
General Milton Ferraz Henemmam; e da Associação Paranaense dos Portadores de
Parkinsonismo, Ana Maria Zaguini Bernardes.
De acordo com Nasser Allan, um ponto que merece destaque é a
legislação que trata da isenção de impostos e de certos benefícios no imposto
de renda. Segundo o representante da ABN, elas necessitam ser reformuladas por
discriminarem uma série de patologias degenerativas semelhantes ao Parkinson e
a demências.
“Elas não estão contempladas hoje e fazem com que os
pacientes vivam um calvário para conseguir se enquadrar dentro da atual
legislação”, afirmou. De acordo com Eduardo Barbosa, sempre que se tenta
incluir alguma patologia é necessário antes travar uma luta com os ministérios
da Fazenda e do Planejamento.
NÚMEROS
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há no
mundo cerca de 4,7 milhões de pessoas portadoras da doença de Parkinson. No
Brasil, estima-se que essa população esteja em torno de 300 mil pacientes. A
doença atinge principalmente a terceira idade e afeta diretamente as famílias
dos seus portadores pelos cuidados especiais indispensáveis aos parkinsonianos.
O tratamento da doença necessita, além dos médicos e dos
indispensáveis medicamentos, da ação de outros profissionais, como: psicólogos,
fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, professores de artes e de
práticas de atividades físicas e esportivas, além dos que atuam nos segmentos
do convívio social e de apoio a famílias fragilizadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário