Uma das tendências apresentadas pela equipe do Sistema
FIRJAN, durante o Giro Moda, é que o preto deixa de ser básico e ganha detalhes
em materiais nobres
Na tarde de quinta-feira, 29, mais de 100 pessoas lotaram o SENAI
Espaço da Moda, em Nova Friburgo, para ficar por dentro das novidades e
tendências do mercado internacional de moda. O conteúdo foi compartilhado
durante mais uma edição do Giro Moda, promovido pelo Sistema FIRJAN, que nesta
temporada confirmou as tendências para o inverno 2016 e deu um preview do verão
2017. As informações foram coletadas em feiras e desfiles nos Estados Unidos,
França e Itália, e agora são repassadas a empresários, estilistas e estudantes
em palestras gratuitas que percorrem todo o estado.
O primeiro tema abordado foram as macrotendências, que são
tendências comportamentais impactadas por diretrizes sociais, culturais, políticas
e econômicas. O que está acontecendo nesses ambientes influencia o
comportamento das pessoas e assim, também, novos produtos e serviços.
Quem tratou desse assunto foi a especialista em moda Carol
Fernandes, que apontou três macrotendências: Desvestir, que tem a ver com a
quebra de paradigmas e com conceitos que carregamos – perpassando pela febre dos nudes na internet;
Trajetoriedade, que toca na questão da identidade e da localização, falando das
migrações, que as pessoas vão começar a ser conhecidas não pelo local de onde
elas vêm, mas por onde elas passaram; e Amor Detox, que nasceu da economia
compartilhada e prega o amor como principal moeda de troca.
Mas um leigo pode se perguntar: como uma macrotendência se
traduz numa peça? A especialista explica: “a economia do amor fala muito da
questão do manual. Observamos, por exemplo, a volta do artesanal como artigos
de luxo. No detox, vemos os produtos orgânicos, os fios naturais”.
A também especialista em moda, Milena Cariello, revela que a
peça chave da vez vai ser o body. “De tão forte que a peça se mostra você mal
consegue definir a que seguimento ela pertence, pois ela permeia todos eles:
moda, praia, lingerie e fitness”, ressalta. Ela chama atenção, também, para
estilos que continuarão sendo vistos nas vitrines: o folk, gipsy e o boho.
Milena destaca que o preto vai deixar de ser básico e
ganhará força na estação com materiais e modelagens elaboradas. Trazendo, por
exemplo, a volta do guipir localizado, matéria-prima nobre que enriquece detalhes
nas roupas.
A programação abordou também o desenvolvimento de produtos e
negócios. A iniciativa, que acontece desde 2006, faz parte do Programa
Indústria Criativa do Sistema FIRJAN, que estimula a realização de negócios e o
desenvolvimento da economia criativa no Rio de Janeiro. O Programa ajuda a
indústria clássica a integrar as competências criativas para gerar novos
valores para seus negócios, além de oferecer representatividade empresarial,
educação profissional e tecnologia para diversos setores criativos.

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