Dois pilares são primordiais para a
cidadania: A Educação, pois sem ela a formação fica comprometida; e a Saúde
que, de acordo com a Constituição, é direito de todos e dever do Estado. Mas,
infelizmente, não é isso que vemos na prática. No Rio, o povo está carecendo de
atendimento, sendo humilhado em filas intermináveis e, em alguns casos,
morrendo à míngua.
As cenas que vimos há poucos dias,
quando centenas de pacientes do Instituto Nacional de Cardiologia, em
Laranjeiras, enfrentaram horas de longas filas, debaixo de um sol escaldante,
representam a realidade trágica. Passamos do limite da sensatez, da negligência
por parte das autoridades e da falta de humanidade.
A fila chegou a dar volta no
quarteirão, contabilizando mais de 500 pessoas, boa parte idosos, tendo alguns
deles passado mal devido ao forte calor. Vale ressaltar que esse episódio
específico aconteceu num hospital ‘conceituado’ e de ‘referência’; então, o que
esperar de outras unidades?
De acordo com o atual ministro, o
pior ainda está por vir. Recentemente, ele declarou que o cenário para 2016 não
é bom e com o orçamento aprovado a Saúde entrará em colapso. E aí uma reflexão:
ainda não estamos nesse colapso? O que mais falta?
Não precisamos ser especialistas para
afirmar que há décadas o nosso sistema de Saúde vem se deteriorando. Já
passamos do fundo do poço há muito tempo. Tudo isso sob olhar omisso do poder
público. O senhor ministro que me perdoe, mas sua previsão é furada, pois já
vivemos o caos.
A grande massa popular está entregue
à própria sorte, com unidades de atendimento com pouca estrutura, onde faltam
médico e equipamentos. Os grandes hospitais são superlotados e despreparados
para atender à demanda. Enquanto a justificativa vai sempre na questão
orçamentária, obras e mais obras para os eventos esportivos param a cidade.
Além disso, milhões e milhões são descobertos todo dia, a cada denúncia de
corrupção.
A Saúde oferecida pelos planos
privados também vai muito mal. Consultas e exames exigem espera de até seis
meses. Morre-se em decorrência do péssimo atendimento. As operadoras oferecem o
paraíso na hora de vender, mas deixam abandonados os consumidores no momento em
que mais precisam.
Nossa Saúde está agonizando!
João Tancredo é advogado especializado em Responsabilidade Civil
João Tancredo é advogado especializado em Responsabilidade Civil
Um comentário:
Tratamento fora de domicílio - TFD - os usuarios do programa reclamam com razão o o estimo serviço prestado. É comum encontrarmos nas madrugadas inúmeras pessoas aguardando os ônibus totalmente despreparo dos para receber os doentes, chegando ao cúmulo de não possuírem toilette de bordo. Desumano. Para complicar a vida das pessoas, o reembolso de passagens pagas pelos pacientes sofre uma demora preocupante. Seria importante o Ministério Público auxiliar este sofrido grupo de cidadãos
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