Análise da FIRJAN Internacional revela ainda tendência de
crescimento nas exportações para mercados europeus
Análise da FIRJAN Internacional revela que as exportações de
moda da região Centro-Norte Fluminense aumentaram 24% em valor em 2015. No
mesmo período também foi registrado crescimento na diversificação de mercados: os
países destinos aumentaram de 32 para 38 no ano passado.
Em um levantamento feito pela FIRJAN Internacional foram
analisadas as vendas de vestuário do Centro-Norte Fluminense dos últimos dois
anos, levando em conta Valores, Peso, Preço Médio e a Variação destes
respectivos índices. Os dados examinados
são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O destaque positivo nas exportações advém, em grande parte,
da valorização do preço principalmente de “Soutiens, cintas, espartilhos,
suspensórios, ligas e artefactos semelhantes, e suas partes, mesmo de malha”
com valorização de 150% em 4,3 toneladas. Esse é o item da Nomenclatura Comum
do Mercosul de maior volume exportado. A NCM é o código que identifica a
natureza das mercadorias e promove o desenvolvimento do comércio internacional.
Para Cláudia Teixeira dos Santos, especialista em Comércio
Exterior da FIRJAN Internacional, a valorização do dólar frente ao real
representa oportunidade para exportar. A especialista explica que é preciso
buscar novos mercados. “Em 2015, os dois principais parceiros comerciais do
estado do Rio, Estados Unidos e China, representaram juntos 40% da corrente de
comércio. Qualquer alteração nesses parceiros causa um grande impacto na pauta.
Por isso, é fundamental a busca pela diversificação”, analisou.
Em Nova Friburgo, a empresa Sensualle, que trabalha com
lingerie erótica, colhe os frutos de um investimento direcionado às
exportações. O gerente de vendas, Eric Gouvêa Aguiar, conta que entrou para
equipe em 2006 para incrementar as ações em prol do mercado externo. “No início
participamos de muitos salões internacionais e fizemos contatos. Hoje temos uma
cartela de clientes fidelizados e vendemos para mais de 30 países, cobrindo os
cinco continentes”, revela o gerente. Ele explica que ainda é necessário estar
sempre atualizado sobre burocracias para não ser pego de surpresa pelo cliente
e ter sempre as melhores oportunidades de negócio na manga.
Apesar de a moda íntima ter sido a primeira colocada em todos
os países, houve tendência de aumento nas importações de moda esportiva e
vestuário feminino, em geral, em alguns países europeus como França, Itália e
Suíça.
A ReD Sports, que trabalha com moda fitness, é uma das
empresas que tem percebido o crescimento das vendas para o mercado externo.
Segundo a gerente Andreia Tomaz, eles exportam há mais de 10 anos e o que mais
colabora para esse fenômeno é a qualificação do produto. “O desafio é exportar
moda brasileira mesmo, com a nossa modelagem, e mesmo assim observar o número
de compradores interessados aumentando”, garante Andreia.


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