quarta-feira, 9 de março de 2016

Pezão retira projeto que aumentava desconto na Folha dos Servidores

Proposta foi alvo de protestos de servidores na Alerj

O Governo do Estado pediu a retirada do projeto de lei complementar 18/16, que aumentava de 11% para 14% a contribuição previdenciária dos servidores estaduais e condicionava reajustes salariais ao crescimento real da receita, entre outras medidas. A mensagem pedindo a retirada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) do projeto chamado de Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado, que era uma tentativa de contornar a crise financeira, foi publicada no Diário Oficial do Legislativo desta quarta-feira (08/03).

Com a decisão, a audiência pública programada para acontecer nesta quarta-feira (09/03) durante todo o dia, com o objetivo de discutir o projeto, foi cancelada. Presidente da Alerj, o deputado Jorge Picciani (PMDB) afirmou que uma reunião deverá acontecer nesta quarta-feira no Palácio Guanabara, com os chefes dos três poderes estaduais e o procurador-geral do Ministério Público, para iniciar uma discussão do tema. Segundo Picciani, o Governo pretende fazer uma discussão mais ampla e reenviar em até dez dias algumas propostas contidas no projeto que foi retirado.

"O projeto estava mal acabado. Ele foi colocado como se fosse a salvação do Estado, mas a salvação do Rio de Janeiro está em uma administração mais enxuta, em cortes efetivos da máquina pública. Em momentos de dificuldade nós precisamos cortar despesas em todos os poderes. A Alerj já cortou 11% do seu custeio", explicou Picciani. 

Vice-líder do Governo na Alerj, o deputado Janio Mendes (PDT) afirma que a intenção do Executivo é reformular as propostas e reapresentá-las separadamente. "É preciso que haja um entendimento entre os poderes, porque temos que superar a crise. O Governo está disposto a ceder neste entendimento", adiantou.

Presidente da Comissão de Tributação da Alerj, o deputado Luiz Paulo (PSDB) afirmou que a proposta era inconstitucional. "Existiam 16 itens de ilegalidade no texto. Esse projeto era inaceitável na forma e no mérito. Ele visava, entre outras coisas, achatar os ganhos do funcionalismo público e excluir os concursos. O governador teve bom senso e respeito ao Parlamento ao retirar o projeto, antes mesmo que ele entrasse em pauta", explicou Luiz Paulo.

 ALERJ

Nenhum comentário: