No Brasil há 15 anos, a pílula do dia seguinte, criada para
ser um método de exceção, tem sido usada, cada vez mais, como pílula
anticoncepcional, o que tona o seu uso mais do que distorcido.
Infelizmente, não me lembro de ter visto nenhum informe do
governo tratando do assunto, de como tomar a pílula, os riscos, enfim. E aí
muitas moças tomam a pílula de forma totalmente equivocada, ignorando que a
pílula do dia seguinte tem cargas altíssimas de hormônio, bagunça o ciclo
menstrual e pode, inclusive, aumentar a chance de engravidar.
Há dois tipos de pílula do dia seguinte: a de dose única e
uma outra que deve ser administrada em duas doses, com 12 horas de intervalo.
A pílula do dia seguinte não requer receita para compra em
farmácia. Ela também pode ser adquirida gratuitamente nos postos de saúde.
Não se trata de um medicamento abortivo. Ela retarda a
ovulação; impede que os espermatozoides alcancem as trompas para fecundação, e
ainda deixa o endométrio impróprio para a fixação do óvulo.
A melhor forma de prevenção de uma gravidez indesejada
continua sendo a camisinha, que também previne doenças; e também o uso regular
de contraceptivos prescritos pelo médico, ok?
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